Na página Crianças do Público de hoje, Helena Melo sugere uma ida ao Centro Cultural de Belém, em Lisboa, mais logo à tardinha. (A foto é de José Frade.)
O Centro Cultural de Belém está novamente Fora de Si e apresenta hoje, na Praça do Museu, Histórias Suspensas, um espectáculo no qual três contadores “saltam” para dentro de uma história, agindo e reagindo através de voos, voltas e reviravoltas, forçando a desvios que levam os espectadores a outras pequenas histórias… Uma criação do grupo Radar 360º – Associação Cultural e Teatro Maria Matos, com direcção artística de Joana Providência, que inclui ainda uma oficina de duas horas (hoje às 15h e amanhã às 17h) para “saciar” a curiosidade do público, com visita guiada à cenografia, adereços de cena e objectos de manipulação e construção de uma história. Para famílias com crianças maiores de 4.
Lisboa Centro Cultural de Belém – Praça do Museu (Praça do Império). Tel.: 213612899. Hoje às 18h. Gratuito
Os nossos livros são estes:
Grão de Milho
Adaptação Olalla González
Tradução Ana M. Noronha
Ilustração Marc Taeger
Edição Kalandraka
40 págs., 12,50 euros
Um livro que recupera com talento (narrativo e visual) uma história da tradição oral. Nela se fala de uma família que tinha um filho muito pequeno (mas muito pequeno mesmo). Daí o seu nome. Mas Grão de Milho não se deixa tolher pelo tamanho da sua altura… física. Destemido, aventura-se sozinho a caminho da mercearia para comprar um pouco de açafrão para a sua mãe. “Pachim, pachom, pachum, vejam lá pra onde estão a olhar. / Pachim, pachom, pachum, prò Grão de Milho não pisar.” Nem tudo corre bem para o rapaz naquele dia, mas acaba por voltar são e salvo a casa. É isso que sossega todos os pais e também as crianças que se vão estreando na leitura, não é? Para além das potencialidades didácticas de Grão de Milho (acreditar na superação das dificuldades, valorização do entendimento familiar, noção de tamanhos e competências), é um livro muito divertido e com um texto muito ritmado. No final, até ficam a ecoar os sons “pachim, pachom, pachum”. E apetece saltitar até à mercearia mais próxima.
Atlas do Mundo
Ilustração Gaston Vanzet
Edição Porto Editora
16 págs. 12,09 euros
Viajar no papel é uma boa alternativa para quem não se pode pôr ao caminho. Quem pode ir de viagem só terá vantagens em espreitar primeiro algumas das particularidades dos lugares a visitar. Neste atlas do mundo que é também um puzzle, os jovens leitores são guiados por Sofia e Tai. À medida que vão conhecendo novos destinos, os dois amigos enviam postais e fotos um ao outro, partilhando o que viram e aprenderam. Sofia começa na Oceânia (apresenta-nos a Nova Zelândia e a Austrália) e Tai na América do Norte (fala-nos do Canadá e de Nova Iorque). Depois de percorrerem os vários continentes e se fascinarem com novas geografias, terão encontro marcado na Turquia. Mas isso é só lá para o fim do livro. Ou seja, seis puzzles e muitos países mais tarde… Boa viagem.
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