De pernas para o ar

Letra pequena hoje também virou esta mensagem ao contrário. E começa por apresentar os livros que divulgou hoje na página Crianças do Público.

O País das Pessoas de Pernas para o Ar
Texto Manuel António Pina
Ilustração Marta Madureira
Edição Tcharan
36 págs., 12 euros

Uma bela edição dos textos que inauguraram, em 1973, a entrada de Manuel António Pina na literatura infantil (e na outra). São quatro histórias: O país das pessoas de pernas para o ar, A vida de um peixinho vermelho, O menino Jesus não quer ser Deus e O bolo e o menino Jesus. O primeiro fala de um passarinho. “Era branco e amarelo e chamava-se Fausto. (…) Um dia fez as malas e foi conhecer mundo. Chegou a uma terra em que as pessoas andavam todas de pernas para o ar e de cabeça para baixo. As pessoas daquele país calçavam os sapatos nas mãos e as luvas nos pés.” A ironia e a capacidade de virar tudo ao contrário já vêm de longe… Marta Madureira imprime ainda mais humor com as ilustrações que criou. Dinâmicas, coloridas (não berrantes) e bem distribuídas na página. Até quando se tem de pôr o livro de pernas para o ar! Hoje às 17h, na livraria Papa-Livros (Porto), a ilustradora e o escritor (Prémio Camões 2011) vão falar sobre a obra. Antes, Sara Reis Silva irá apresentá-la. Todos (espera-se) com os pés no chão.

Para ler sobre a atribuição do Prémio Camões ao autor, siga-nos.

Tarde Fantástica
Texto Cristina Carvalho
Ilustração Miz Lucas
Edição 7 Dias 6 Noites
40 págs., 10 euros

Aqui se contam as memórias do doutor José. Histórias do tempo em que era “o menino Zézinho, ou o Zéquinha ou simplesmente o Zézito” e tinha um bom amigo, o “António. Toninho. Tózinho. Tó”. As diferenças entre as famílias e os hábitos de ambos não os impediram de construir uma daquelas amizades que só a infância parece capaz de cunhar. Um mais livre, outro mais vigiado; um corajoso, outro receoso, os rapazes passaram tempos fantásticos juntos numa “aldeia de montanha, quase isolada, quase deserta e onde todos os sonhos são possíveis”. Um livro assumidamente nostálgico, como se confirma pelo texto na contracapa, e que transmite paz a quem o lê. As ilustrações adequam-se ao ambiente bucólico, mas as de menor dimensão resultam melhor do que as imagens que ocupam planos inteiros.

Agora, sim, aqui fica a sugestão de Helena Melo para a mesma página.

Tartarugas Marinhas – A Viagem

Exposição temporária do Oceanário de Lisboa, Tartarugas Marinhas – A Viagem recria a jornada de vida destes misteriosos animais pelos oceanos, com paragens obrigatórias em ecossistemas como os recifes de coral, as pradarias marinhas ou o mar dos sargaços. Durante a trajectória das tartarugas, os visitantes podem entrar em compartimentos debaixo de água ou passar por cima do aquário, observando-as através de 45 pequenas janelas. E na próxima segunda-feira, Dia Mundial da Tartaruga, há visitas guiadas na companhia de um educador marinho, para maiores de 4 (às 11h, 12h, 15h e 16h).

Lisboa Oceanário – Edifício do Mar (Parque das Nações). Tel.: 218917002

Todos os dias das 10h às 20h (última entrada às 19h). Até 2013. Bilhetes a 3,50 e 6 euros (15 para famílias, gratuito até aos 3). Para a exposição temporária mais Oceanário bilhetes a 8 e 15,50 euros (38 para famílias)

 

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