Dia da Mãe no Monte Selvagem

Helena Melo escolheu um programa para o Dia da Mãe como destaque da página Crianças de hoje do Público.
O Monte Selvagem é uma reserva animal e um parque de lazer habitado por cerca de 400 animais de 75 espécies, entre zebras, cabras anãs, cangurus, macacos do Japão, lamas ou elandes. Localizado num montado típico alentejano de sobreiros e azinheiras, oferece aos visitantes a possibilidade de realizar percursos pedestres e passeios de tractor, entrar em contacto com os animais da quintinha, brincar num parque infantil ou em casas construídas nas árvores e saltar num trampolim gigante. Amanhã, Dia da Mãe, há ateliers para confecção de flores e de molduras e retratos em cartão decorados com elementos naturais recolhidos no parque.
Montemor-o-Novo Monte do Azinhal – Lavre. Tel.: 265894377; 3ª a dom. das 10h às 19h. Até final de Outubro. Bilhetes de 9,50 a 12 euros (36 para 2 adultos e 2 crianças)
Quanto a sugestões de livros, a responsabilidade… é nossa.

Para Fazer o Retrato de Um Pássaro
Texto Jacques Prévert
Tradução Ana M. Noronha
Ilustração Mordicai Gerstein
Edição Faktoria de Livros
48 págs., 13 euros

Um livro sobre dimensões. Não no sentido do tamanho, mas do espaço e do tempo. “Para fazer o retrato de um pássaro/ Pintar primeiro uma gaiola/ com uma porta aberta”, começa por explicar o poeta Jacques Prévert. Há-de acrescentar elementos a essa gaiola, para atrair o pássaro que virá a desenhar. A tela terá de ficar encostada a uma árvore, “num jardim, / num parque/ ou numa floresta”. Depois, é preciso esperar. “Não desanimar; esperar, / esperar durante anos, se necessário.” Para se conseguir um bom quadro (ou o que quer que seja), é preciso paciência, imaginação e determinação. O pássaro acabará por chegar e por partir. Então, começa-se tudo de novo, com igual energia. Eis do que nos fala a obra Para Fazer o Retrato de Um Pássaro. O que Mordicai Gerstein (ilustrador e escultor) nos mostra são imagens felizes da natureza, com um rapaz que com ela se deslumbra.

Saudade, Um Conto para Sete Dias
Texto Claudio Hochman
Tradução Catarina Câmara
Ilustração João Vaz de Carvalho
Edição Bags of Books
28 págs., 15 euros
O título usa uma palavra que para muitos é a única que nos distingue (enquanto falantes de língua portuguesa). Mas o autor, o dramaturgo Claudio Hochman, não é português, mas argentino. O livro foi escrito originalmente em castelhano. Saudade, Um Conto para Sete Dias nasceu de uma forma original. Conta o autor: “Quando, pela primeira vez, o meu filho foi acampar, escrevi-lhe este conto… Guardei cada capítulo num envelope diferente e pu-los dentro da sua mochila… Foi assim que em cada uma das sete noites de ausência, o Lautaro descobriu esta história.” A história de um rei que era muito sábio e que tinha resposta para tudo. Excepto para aquela que lhe fez um tal Fernando, que “vinha de uma cidade onde as calçadas têm desenhos a preto e branco”. As ilustrações inconfundíveis de João Vaz de Carvalho são perfeitas para este registo.

 

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