A República no palco

Helena Melo escolheu destacar para a página Crianças do Público de hoje um show republicano…

Um espectáculo de teatro e dança para comemorar os 100 anos da República no Teatro Maria Matos. A República Dança, pela Companhia TPO – Teatro di Piazza o d’ Occasione, é a história da revolução republicana contada por um dueto masculino: um bailarino (Peter Michael Dietz) e um actor (Nuno Nunes). Recorrendo à fotografia, à música e às novas tecnologias, este espectáculo desmonta a ideia de que a vida não é só presente. E fala de conquistas como a escolarização, o sentido de cidadania, a saúde pública… Uma travessia do tempo histórico para maiores de 10 anos.

Lisboa Teatro Maria Matos (Av. Frei Miguel Contreiras, 52). Tel.: 218438801. Dias 14 e 15 de Outubro às 10h e 14h. Dia 16 às 16h. Dia 17 às 11h. Bilhetes a 2,50 e 5 euros

O nosso contributo para a página (e para os leitores) foi o que se segue.

O medo ao contrário, pode dizer-se deste livro. Um monstro tem medo dos meninos que se escondem debaixo da sua cama nas noites escuras. Todos os dias, Lulu (“o monstro”, que é um lobo) chama pelo pai ou pela mãe porque tem pesadelos e não consegue dormir descansado. O problema há-de resolver-se e de forma original. A experiência de João Pedro Mésseder com as palavras permite-lhe usá-las na dose certa quando se trata de manter o ritmo da narrativa. Mas neste livro também intervém na ilustração, já que pensou as imagens que Daniel Silvestre da Silva viria a desenhar, explica o ilustrador no blogue com o seu nome. Uma experiência que resultou bem. Imagens preferidas: as que “põem” o leitor debaixo da cama e a do plano final, com uma atmosfera feliz.

Lulu ou a Hora do Lobo
Texto João Pedro Mésseder
Ilustração Daniel Silvestre da Silva
Edição Caminho
32 págs., 11,90 euros

Da areia da praia até à Lua, o livro percorre poeticamente as várias cores do mundo. O rosa, por exemplo: “O rosa é a cor de um nariz pequenino,/ traz um perfume a rosas pela mão do menino.” Ou o verde: “Numa sementezinha cabe todo o verde,/ cabe um trevo, e uma árvore,/ cabe uma selva inteira…” A acompanhar os breves poemas de Jorge Luján estão as aguarelas de Piet Grobler, que mesmo ao representar as cores frias parece aquecer quem as observa. São imagens suaves e de movimentos lentos. Um livro muito diferente dos que habitualmente se propõem dar a conhecer as cores às crianças. A encerrar: “Devagarinho a Lua abre e fecha o leque:/ branco, branquinho.” Integrado na colecção apropriadamente designada Livros para Sonhar.

Oh, As Cores!
Texto Jorge Luján
Tradução Maria Hermínia Brandão
Ilustração Piet Grobler
Edição Kalandraka
32 págs., 14 euros

Aqui ficam mais sugestões para sair de casa com os miúdos.

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