… enquanto estávamos de férias (tínhamos deixado feito o trabalho de casa). Estes livros foram divulgados na edição de 28 de Agosto do Público, na página Crianças.

“Ao Manuel, um ano no mundo do papel.” Esta é a dedicatória de um livro que assinala o 1.º aniversário de um rapaz que teve a sorte de nascer rodeado de poesia e arte. “O menino nasceu e começou a mexer/ Ao mexer-se, mexia com o ar que lhe embrulhava o corpo. / Disseram-lhe para não ser irrequieto. / Disseram-lhe que devia apenas respirar.” Junto a cada poema de cada página, há uma espécie de dicionário criativo (prática comum nas obras desta dupla de autores, Eugénio Roda e Gémeo Luís). “Mexer: pensar com o corpo./ Respirar: verbo que nos ajuda a dizer todos os outros.” Um livro que surpreende pela escolha das palavras (comoventes e certeiras) e pela beleza das imagens (alegres e certeiras). Para ler e reler, ver e rever. Sempre mais do que uma vez.

La Brisa del Brizo / Catavento
Texto Eugénio Roda
Ilustração Gémeo Luís
Edição Eterogémeas
24 págs., 10 euros

A pedido “da filha pequenina”, Pascal Sanvic escreveu esta história, a de um bebé que perdeu o seu ó-ó. O ó-ó é uma fralda “branca e macia” que um pássaro apanhou e levou para longe. Uma história simples num livro colorido, como sempre são as obras ilustradas por Danuta Wojciechowka. O autor do texto é encenador da companhia de teatro Lua Cheia, que representou (e representa) a peça À Procura do Ó-Ó Perdido. Depois de despertar, o bebé não quer que o substituam por outro. Com a ajuda dos elementos ar, água e fogo, encontrou a Ilha dos Ó-Ós e recuperou o seu. Um bom livro para contar às crianças no momento de ir dormir. Melhor, de fazer ó-ó.

À Procura do Ó-Ó Perdido
Texto Pascal Sanvic
Tradução Ana Pola
Ilustração Danuta Wojciechowka
Edição Editorial Caminho
28 págs., 12,50 euros