Não é hábito Letra pequena trazer aqui livros que não tenha lido do princípio ao fim (aconteceu só uma vez, com O Gato de Uppsala). Mas recebemos queixas (e não é a primeira vez) de que não temos feito sugestões de livros juvenis (e é verdade).
Pois então aqui vai: do que já se leu de O Livro das Coisas Perdidas (texto: John Connoly; tradução: Catarina Andrade; revisão: Susana Andrade; edição: Bertrand Editora) fica-se com vontade de continuar a ler ininterruptamente. Mas esse desejo não acontece logo às primeiras linhas, pelo que se sugere que o livro seja dado a ler a jovens com hábitos de leitura sólidos (ou seja, daqueles que não desistem logo à primeira só porque não há “acção”).
O Livro das Coisas Perdidas tem aventura, fantástico, mas também realismo. Passa-se durante a Segunda Guerra Mundial e conta a história de um miúdo que perdeu a mãe (que era fã de mitos e contos de fadas). David tem 12 anos e consegue entrar numa “terra de habitada por heróis, lobos e monstros”. De caminho, vai participando em novas versões do Capuchinho Vermelho, da história da Casinha de Chocolate e da Branca de Neve (até agora… mas adivinha-se que nas próximas páginas intervenha em mais histórias conhecidas, até porque há um corcunda pelo meio).
O ambiente geral da narrativa é um pouco triste e muitas vezes cruel e sanguinário (mas é sabido como os leitores jovens já se familiarizaram com vampiros…).
Best-seller do New York Times. “Envolvente, mágico e profundo”, escreveu-se no Independent. “Uma fábula comovente, imaginada de maneira brilhante”, registou The Times.
(Um dia, Letra pequena irá aprender a fazer estas frases sintéticas e tão elogiosas. Mesmo à medida para contracapas.)
Conheça melhor o autor John Connolly.
Rita,Acompanho seu blog há algum tempo.Alguns livros comentados já foram publicados no Brasil, outros não.Esse me parece interessante, mas busquei e acho que não foi lançado aqui!Gosto muito da seção "Livros para escutar" e gostaria de saber qual o site usado por você na produção dos slides.Abraços