Na página Crianças do Público de hoje, o destaque de Helena Melo vai para o Sementes, que todos os anos se realiza em Almada.
Primeiro fim-de-semana da 15.ª Mostra Internacional de Artes para o Pequeno Público, uma iniciativa do Teatro Extremo que até 6 de Junho apresenta espectáculos de teatro, marionetas, dança, circo, música, cinema de animação e oficinas de artes. Hoje, em Cacilhas, teatro de rua com o Teatro Extremo e a peça Caldeirada, um desfile de bombeiros muito desajeitados. Amanhã, o Teatro das Beiras apresenta, para maiores de 4, A Casa da Imaginação – Haverá algum lugar no universo onde a imaginação tenha casa própria?. Ainda hoje, na Biblioteca Bento de Jesus Caraça, na Moita, humor e circo com o argentino e “provocador” Niño Costrini (às 16h).
Cacilhas Em frente à Igreja de Cacilhas (R. Cândido dos Reis).
Tel.: 212723660. Hoje às 17h. Gratuito
Almada Teatro Extremo (R. Serpa Pinto, 16). Tel.: 212723660
Amanhã às 16h. Bilhetes a 5 euros (15 euros para grupos até 4 pessoas)
Os livros por nós escolhidos para divulgar hoje foram a Zebra Zezé e A Grande Viagem.
Esta é a história de uma zebra estrábica que, por isso mesmo, nunca sabia quem eram os seus pais. Como as zebras se reconhecem umas às outras através das riscas, é fácil perceber a complicação do jovem animal, que sempre se dirigia a outras famílias convencida de que eram a dela. Um dia acertou. E a partir daí ficou com o problema resolvido. Para saber como, há duas hipóteses: ler o livro (bem escrito e bem ilustrado) ou ir assistir ao seu lançamento esta tarde, às 15h30, na Feira do Livro de Lisboa. (Terceira hipótese: fazer as duas coisas.) Na Praça Leya, estará Ana Ventura, a autora da história A Zebra Zezé. Informa a editora sobre a Hora do Conto de hoje: “História interactiva, contada, peça por peça, em pleno cenário alusivo à biodiversidade africana.” Podem levar óculos, lentes de contacto e roupas às riscas. Assim (estrábico ou não), ninguém se perderá da família.
A Zebra Zezé
Autor Ana Ventura
Ilustrador Alberto Faria
Editor Texto Editores
32 págs. 13 euros
“Um dia destes, talvez em breve, construirei um barco muito grande”, começa por nos contar um rapazinho. Pelo menos, o ilustrador desenhou-o como parecendo um. Mas o género não é para aqui chamado. Nesse barco imaginado, o protagonista faz uma importante viagem sem sair do quarto (retratado como uma caixa). Tanto se idealiza herói, como explorador ou apenas guloso, mas sempre generoso: “Vou poder entrar nas lojas e levar todos os doces que quiser para dar aos meninos; mas guardarei uns quantos, porque a viagem é longa.” A Grande Viagem recebeu o Prémio Isaac Díaz Pardo para o Livro Ilustrado 2009. O crescimento, a descoberta da identidade e a importância dos outros são pretexto para duas potentes narrativas poéticas: a do texto e a da imagem. Um belo livro.
A Grande Viagem
Autor Anna Castagnoli
Tradutor Dora Batalim Sottomayor
Ilustrador Gabriel Pacheco
Editor OQO Editora
40 págs., 12, 90 euros
Segue-se a página completa que saiu no jornal.