Há 20 anos (a 5 de Março), começava uma aventura, assinalou Lucília Santos, adjunta da direcção do Público, no vídeo que o jornal apresentou ontem aos convidados da festa de aniversário (pode ser visto aqui). Um dia em que vivemos a feliz experiência de ter António Barreto como director.
Quem está deste lado do ecrã entrou na aventura poucos meses depois, pensando que seria uma experiência temporária curta. Não foi.
Houve um momento de indecisão antes de formalizar a chamada “entrada para o quadro”, já que as habilitações literárias de então estavam algo desfasadas da actividade a que se dava início, a de copydesk (apoio à edição, revisão, controlo de qualidade dos textos e páginas, defesa dos interesses dos leitores, dos sujeitos envolvidos nas notícias e do Público). No entanto, um episódio ajudou-nos a decidir ficar.
Uma tarde, enquanto cuidava das páginas do dia seguinte e estando numa das salas do jornal cuja porta (sempre aberta) dava para o corredor frente aos gabinetes da direcção (também abertos), vejo um par a dançar a valsa. Daquela perspectiva, via-os aparecer do lado esquerdo do corredor, dar uma volta em frente à porta onde me encontrava e desaparecer pelo lado direito. Depois, no sentido inverso, uma e outra vez.
Quem conseguiria recusar-se a trabalhar num lugar onde, apesar da constante pressão e discussão, há um momento em que se pode dançar?
Foi também por isso que ficámos.
Parabéns e obrigada, Público.
(O par: Lucília Santos e Vicente Jorge Silva)
Parabens daqui (já com uns dias de atraso)! E Parabens tb pelo letra pequena online!