São mesmo os últimos e apenas dois. Só em 2009 voltaremos a eles (lá para Dezembro, sossegue…).

A imagem que antecede este texto é do ilustrador Nicholas Andrikopoulos (se quiser, espreite aqui) e faz parte do livro O Pai Natal Vai à Guerra.
Sobre o criador das imagens escreve-se no final da obra: “Em 1993, um pequeno homenzinho redondo veio sussurrar-lhe ao ouvido.” Mais se regista que recebeu prémios em Teerão e Grécia e que foi nomeado em 2002 para o Prémio Andersen. Adiante, revela-se o que lhe disse afinal o tal homem redondo: “Descobre o mundo das crianças.” Parece que o fez. E bem.

Da autora do texto, Aryiro Kokoreli, conta-se que colaborou em vários jornais e participou em programas infantis para a Rádio e Televisão Nacional Grega. Mas nada se regista sobre a sua sensibilidade maior ao mostrar o cenário pouco natalício de todas as crianças que se encontram (involuntariamente) no meio de uma guerra.

O que mais comove (para quem ainda tem a devida competência) é a resposta que a criança dá ao Pai Natal quando este se dispõe a “livrá-la” de tudo aquilo. “Mas é aqui que estão os meus amigos, os meus irmãos e irmãs. É aqui a minha casa. Como podes pedir-me para partir?”

Uma lição para os que estão sempre certos de saber o que é melhor para os outros. Na guerra e na paz.

O Pai Natal Vai à Guerra
Autora: Aryiro Kokoreli
Tradutora: Selena da Cruz Testolina
Ilustrador: Nicholas Andrikopoulos
Editora: Campo das Letras
13 euros

Agora, em português

José Jorge Letria, com o seu talento e prolífica actividade literária, cria mais uma obra para crianças. E para os outros, como o próprio gosta de dizer.
Aqui, numa série de poemas, percorrem-se todas as personagens que fazem parte do Natal e do presépio. O burro, a vaca, os Reis Magos, o Menino Jesus, mas também a árvore de Natal e os avós têm direito a um espaço poético para que sejam lembrados nesta época. E nas outras, como nós gostamos de dizer.

O Livro do Natal
Autor: José Jorge Letria
llustrador: Afonso Cruz
Editora: Oficina do Livro
13 euros