Final da tarde e, ao contrário do que dizia o boletim meteorológico, não chove. Sacos pousados no hotel, a porta da rua é já ali e a Jemaa-el Fna fica a menos de dez minutos a pé. Sim, às vezes achamos que o mundo inteiro já esteve em Marrocos e, em concreto, em Marraquexe e na sua icónica praça Jemaa-el Fna, mas para nós é a primeira vez e, por isso, mal podemos esperar para nos apanharmos ali.
O silêncio surpreende-nos quando nos aproximamos, há gente por todo o lado, mas quase não há ruído. Um caos sossegado e colorido dá-nos as boas-vindas.
Mas, depois, embrenhamo-nos nos corredores das barracas de comida e há rostos sorridentes a interpelar-nos, mãos a tentar guiar-nos para a mesa mais próxima, promessas de “batatas com bacalhau”, “feijoada” e, em mais do que um vendedor, um nome que é quase gritado: “Chefe Silva!”. O silêncio foi-se, há homens a cantar, querem pintar-nos as mãos com hena e, não, não vimos encantadores de cobras, mas eles andam por aí.
Hoje não jantamos na praça e poucos minutos depois caminhamos para fora do emaranhado de corredores de comida e respiramos fundo. Os vendedores de comida não nos seguem, só nos sorriem, à distância. Olá Marraquexe!
A Fugas viaja a convite da TAP e do Turismo de Marrocos
Fotografia de Miguel Manso
também já estive em Marrocos e realmente existem zonas de “cortar à faca”. o segredo é mesmo esse: respirar fundo e seguir em frente :P. Um risco permanente, mas muitas coisas boas a retirar também. boas viagens!