Arquivos mensais: Dezembro 2015
Eu vinha tão contente a chegar a Bombaim
Eu vinha tão contente a chegar a Bombaim. Na carruagem das mulheres, portas abertas para a cidade. A que parece mais uma cidade, com Índia e mais mundo. Grande, confusa, quente, húmida. Vinha tão contente, sempre gostei do nome Bombaim. O último ponto da viagem. Ainda por cima, faço anos amanhã. Faço anos no último […]
Ontem, em Udaipur, entrei numa loja para comprar postais pintados à mão
Este é o céu
Quando a Nisha está a preparar os pratos, a cozinha fica cheia de cores. Foi em casa dela que ficámos em Jodhpur, ela é jainista, fez-nos e ensinou-nos a fazer comida vegetariana. Podia dizer que anotei as receitas todas, mas a verdade é que só lhe tirei uma fotografia a cozinhar e depois fui beber […]
Regresso
Na banca de Ramkishan Galawi, em Jodhpur, há recortes de jornais de vários países. Tudo artigos sobre ele. Há blocos cheios de mensagens de gente de todo o mundo. Tudo elogios à omelete feita por este vegetariano que não come ovos. O que mais me chamou a atenção foi, claro, o artigo da Luísa Pinto na […]
Entrei no autocarro pela janela, todos viram
Assim que conseguimos entrar, avisei-os: – Pessoal, vou pôr no Facebook que entrei no autocarro pela janela. Não me desmintam! Estávamos a apanhar o autocarro em Pushkar rumo a Jodhpur, a cidade azul, tínhamos uma longa viagem pela frente. Mas naquele momento a única coisa que importava era conseguir entrar dentro do autocarro. Encontrões, malas […]
O som do casamento
Brahma deixou cair uma flor-de-lótus
Pushkar fica ao pé do deserto de Thar. Esta é a varanda do meu quarto, num hostel colorido. É uma cidade um bocadinho psicadélica, embora seja sagrada: só há comida vegetariana e não se pode beber álcool. Mas eu bebi uma cerveja num terraço com vista para o lago que nasceu onde, conta a história, […]
no sun no time
Tenho um amigo que, volta e meia, gosta de inventar que acredito em signos. – Vá lá, admite. Já lhe expliquei que acredito em tudo o que é mentira. Hoje lembrei-me dele. Foi no Jantar Mantar de Jaipur, um observatório do século XVIII cheio de construções de pedra, algumas das quais medem o tempo a […]
Ao meu lado estavam estes olhos
Nos corredores do comboio, durante as viagens, aparece muita gente; na Índia há sempre mais pessoas do que lugares. Aparece quem se conhece, quem não se conhece e quem se passa a conhecer por uma hora ou duas. Há quem ande há meses em viagem pelo mundo. Depois desta madrugada, só quero saber como vai […]