Esclareça-se já quem leu o título e ficou cheio de vontade de nos brindar com alguns nomes menos simpáticos: não percebemos patavina de gastronomia, além do que lemos de outros (nomeadamente na Fugas) ou do que assistimos nos masterchef desta vida. Além disso, ainda nenhum de nós viajou o mundo inteiro.
A nosso favor, porém, um facto incontestável: somos peritos na arte de comer. Além do mais, contamos com algumas Francesinhas de renome no currículo. E é com tais qualificações que afirmamos: esta foi a melhor Francesinha que comemos na vida.
Num restaurante português, claro! Um espaço que – garante-nos o empregado de mesa que nos serve e que já visitou, diz, restaurantes portugueses em muitos países (“até na Polónia porque a minha mulher é polaca”) – é “o melhor restaurante português do mundo fora de Portugal”.
O Lisboa II, onde nos levaram a jantar logo na primeira noite, tem como proprietário um homem da Bairrada que optou por levar a capital consigo: pelas paredes imagens em ponto grande das principais atracções alfacinhas. Já as origens, empacotou-as entre as especialidades, com o Leitão (pele estaladiça, carne tão macia que se desfaz na boca) a reinar. Mas há mais: “temos cerca de cem pratos regionais na carta”. Bacalhaus, certamente; Cozido à Portuguesa, como manda o figurino; e muitas, muitas espetadas (de novilho, de lulas, de porco…).
Mas voltemos ao que interessa: a Francesinha. No caso, regada a caipirinha.
Aos olhos é um festim: enorme, chega coberta de uma generosa camada de queijo regada a molho picante q.b. e com o ovo estrelado qual cereja. Por dentro, uma criteriosa selecção de carnes e enchidos. À parte, uma tacinha cheia de batatas fritas. De comer e não chorar por mais. É que a dose é tal que, depois das entradas, entre as quais não faltaram os pastéis de bacalhau, é um desafio limpar o prato.
A resiliência, no entanto, é característica que nos assiste. Por isso nada como fechar o repasto com chave doce: em taças XXL, Baba de Camelo ou Mousse de Manga, entre uma lista onde não faltam sequer os divinos Papos de Anjo.
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Carla B. Ribeiro (texto) e Miguel Madeira (fotos) viajaram a convite da Easyjet e do Turismo do Luxemburgo. Leia a reportagem na Fugas
(foto da francesinha cedida pelo restaurante Lisboa II)
Começa a ser cansativa a titulação “melhor do mundo”, por tudo e por nada, e penso que poderão ser encontradas outras fórmulas de exaltar as opiniões de cada um.
Não não, a melhor Francesinha do mundo come-se no… Mali…. ou será no Sri Lanka?!
Não me recordo.
Mas lembro-me que os melhores pasteis de belém comi-os no Barém!
Não, não … a melhor Francesinha do mundo é de Maceió – Brasil, no Santa Luzia.
Dica registada, Eduardo. Obrigada.
Caro Eduardo Campos, ainda me falta experimentar essa de Maceió.
Enquanto espero uma ida ao Brasil, fiquemos pela “A Melhor Francesinha do Mundo”.http://amelhorfrancesinhadomundo.com/
Cpts, Artur Ribeiro – Lado B – Porto
A mim parece-me que se trata de uma sande “enfarta-burros”…. ou o arroz de cabidela também leva grelos???