O fim de tarde à beira do Lago Paranoá faz lembrar um dia de férias. Os condomínios fechados, com jardins demasiado artificiais e guardas na cancela, contrastam com a cidade sem fronteiras dos grandes edifícios públicos, do Congresso Nacional ao teatro que Niemeyer quis parecido com uma pirâmide azteca.
Há lanchas, motas de água e barcos à vela. O lago artificial é grande, mas apenas 10% da sua margem permanece pública — tudo o resto são clubes privados, empreendimentos, restaurantes e casas particulares com pontões de madeira sobre as águas. Apetece ficar na relva ou entrar numa das embarcações. As pessoas que ali moram todo o ano são as mesmas que enchem os edifícios de serviços da cidade.
Como será regressar do trabalho para içar a vela grande e molhar os pés no Paranoá antes do jantar?
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A Fugas viaja a convite da Embratur