Está logo à saída do porto. A escultura de Victor Ochoa de duas toneladas e mais de 4m de altura é a porta de entrada para Cartagena. Uma homenagem às vítimas do terrorismo e objecto de muita polémica pelo seu custo: 740 mil euros. Mas é impossível não parar e fotografá-la, tal é o impacto. Embora o terrorismo a que se refere seja algo mais recente, viajamos também no tempo até ao terror que foi a Guerra Civil (1936-1939).
E o Museu-Refúgio da Guerra Civil vale uma visita mesmo para quem chega a Cartagena em busca apenas do seu passado romano (já lá iremos). O abrigo subterrâneo escavado na Colina de la Concepción (onde fica o castelo do mesmo nome) era o maior dos 13 que existiam para proteger os moradores durante os bombardeamentos da artilharia alemã (aliada de Franco). Podia acolher 5500 pessoas.
Cartagena foi duramente bombardeada durante a guerra civil (as estatísticas são díspares, calcula-se entre 40 e 117) por ser a sede da frota republicana, apesar de o governo local ter sido leal a Franco.
Andar pelo abrigo com seus corredores e amplos espaços encravados na pedra é também reviver o quotidiano dos moradores de uma cidade sob bombas. Como passar cinco ou seis horas debaixo da terra, como improvisar escolas, entreter as crianças, o que comer, como tentar divertir-se e levar uma vida “ normal”. Uma lição de História in loco.
__
Simone Duarte viaja a convite do Club Med, no cruzeiro “Club Med 2″ , e da TAP
Ola, vi que voce viajou recentemente no navio Monarck da Pullmantur. Comprei uma viagem com eles saindo de cartagena, aruba, curação, etc- fiquei preocupada porque falaram que o navio é muito velho, sucata, etc que a comida é horrivel. O que vc me fala. Obrigada Maria cecilia
Maria Cecília,
Obrigada pelo seu comentário. Na realidade, viajei recentemente no ClubMed 2, cruzeiro do ClubMed e não no navio Monarck. Este eu não conheço.
Boa Viagem! Simone Duarte