Faltam 15 minutos para as sete quando o bramir de um helicóptero nos atrai à janela. Estamos a menos de duas horas de atracar no último porto de viagem pré-inaugural.
À hora em que se escrevem estas linhas, no regresso a Lisboa de avião, o navio apruma-se para uma mega operação de baptismo que inclui estrelas dos diversos quadrantes, altas individualidades e centenas de jornalistas. Já para nós, o Preziosa ficou lá atrás logo pela manhã.
Mas, antes de voltar a casa, ainda sobrou tempo para espreitar Génova. Primeiro, do 14.º deck do navio, dá logo vontade de explorar a cidade, que se desenha num enclave entre serra e mar. Depois com as dicas de Alfredo, um guia italo-brasileiro, a residir em Génova há quatro anos, que nos recebe com mapas que incluem as principais atracções: palácios, museus, igrejas, lojas…
Atrai-nos mais o rendilhado de estreitas e escuras ruas. Alfredo avisa que há o risco de nos perdermos:
“É essa a ideia…”
“Ah! Então Génova é a cidade certa para isso.”
Talvez seja. Ficamo-nos, porém, por umas voltas e umas compras para levar para casa um pouco dos aromas e sabores genovenses: azeitonas, pasta fresca, pesto (caseiro e, provámos logo, uma delícia) e dois pedaços de focaccia. O resto fica para uma próxima: há avião para apanhar, o que nas horas seguintes se veio a revelar uma árdua tarefa. O pré-aviso de greve da TAP obrigou-nos a mudar os voos para a Vueling e fazer escala em Barcelona, onde tudo nos levava a crer que o nosso próximo destino seria as Ramblas.
Mas, embora nem fosse má a perspectiva de uma noite na Catalunha – e havia até quem propusesse mesmo regressar a Génova e ao Preziosa -, tudo acabou bem. Estamos a uma hora de aterrar e Lisboa espera-nos sem chuva.
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Carla B. Ribeiro (texto) viaja no cruzeiro pré-inaugural do Preziosa a convite da MSC.