Os preciosos tesouros reais dos Sabóia e o regresso a Portugal

Fotografia de Daniel Rocha

Fotografia de Daniel Rocha

Aterrámos há pouco em Lisboa e, enquanto esperamos uma ligação para o Porto, escrevemos o último relato desta viagem a Turim e aos Alpes italianos. O nosso último dia foi tão preenchido que não houve espaços para posts. A nossa guia cubana, a bem- disposta Lissette, fartou-se de repetir que o último dia do programa era pesado e não havia espaço para muito deleite. Era ver e andar. E assim foi. Vimos quatro palácios da rota das residências reais de Turim e Piemonte, que em 1997 foram classificadas como património mundial pela UNESCO.

E muito bem classificadas, já que são preciosos tesouros dos Sabóia, uma família menos conhecida que os Medicis de Florença mas que se perpetuou muito mais tempo no poder. E quando dizemos muito mais queremos dizer muitos mais séculos. Os palácios e os castelos que compõem esta rota foram todos construídos em Turim ou nos seus arredores, entre o século XVI e o XVIII. Não nos queremos alongar muito nas explicações nem nas descrições, mas, resumidamente, podemos contar que ficámos impressionados com a beleza de Stupinigi, encantados com a vista e com os jardins da Villa della Regina, surpreendidos com a riqueza do Palazzo Reale e do Palazzo Madama, ambos em Turim.

Fotografia de Daniel Rocha

Fotografia de Daniel Rocha

Sobre a capital de Piemonte (quarta cidade mais populosa de Itália) diremos apenas que é uma óptima surpresa. O seu toque francês e a sua genuinidade dão-nos a certeza que voltaremos. Para ver o fantástico Museu Nacional do Cinema com calma e para apreciar os tesouros egípcios reunidos num dos museus mais importantes sobre arte egípcia no mundo. Os guias garantem que é o museu mais importante depois do do Cairo, o que nos aguçou logo o apetite. Mas, apesar de termos tentado dar voltas e voltas ao programa, não conseguimos encaixar nem uma visita rápida.

#dro turim 17

Como balanço desta viagem diremos, pois, que gostámos de nos estrear na neve e que provavelmente voltaremos a esquiar, desta vez sem tantas quedas à mistura (esperamos). Quanto à beleza de Pragelato, um concelho montanhoso a 90 quilómetros de Turim, em plenos Alpes italianos, não nos surpreendeu, já que tínhamos investigado ao que vínhamos. Mas a sua história e o povo visionário que aqui viveu e vive deixou-nos quase sem palavras. Já Turim merece bem uma visita de alguns dias para nos perdermos nos seus preciosos cafés, nas chocolaterias, nos palácios e nas grandes avenidas. Assim, as residências reais são apenas a cereja em cima de um bolo já muito apetitoso. Por falar em apetite, não podemos deixar de realçar a delícia dos queijos e das carnes de Piemonte. Delícias e mais delícias que parecem ter apertado a nossa roupa nos poucos dias que por ali passámos. Para provar que neste campo tudo está contra nós, temos que deixar claro que pretendemos processar o Club Med de Pragelato, o Turismo de Turim e a TAP: à conta dos manjares que nos proporcionaram vão dar origem a mais uma discussão conjugal no regresso a casa. Até a balança já se queixa!

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Mariana Oliveira (texto) e Daniel Rocha (fotos) viajaram a convite do Club Med, ENIT – Agência Nacional de Turismo, Turismo de Turim e TAP

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