Não estamos aqui para enganar ninguém: a Tailândia já ficou para trás. Este texto foi escrito em solo bem português mas ainda às ordens de uma coisa chamada jet lag que faz com que acordemos quando toda a cidade ainda dorme.
Dois dias depois da chegada, ainda não regulamos as horas: dormimos quando muitos estarão a jantar e despertamos noite cerrada. Parece-nos a altura ideal para acabar o capítulo e procurar alguns dos melhores souvenirs da viagem.
Muito ficou por contar, desde a corrida (bom, corrida não será a melhor palavra) de elefantes à experiência nas grutas (e há quem saiba muito bem do que eu estou a falar…), passando pelo fondue à tailandesa e pelas massagens inesquecíveis que fizemos em lugares tão díspares como um spa de vão de escada em Krabi e um hotel que há-de ficar para a história em Banguecoque.
Mas agora que regressámos e que é Verão mesmo em Portugal, talvez seja das praias tailandesas que mais sentimos falta. As ilhas ao largo de Krabi são uma coisa muito séria e difíceis de esquecer. Já falámos de Hong, já mostrámos os peixinhos que alimentámos com água pela cintura, já vos apresentámos a Lagoa – e chamar àquele lugar idílico pode pecar por defeito.
Mas ainda temos as ilhas Tup e Moo, separadas por uns escassos 100 metros, mais coisa menos coisa, e que, a horas que os barqueiros da zona conhecem como ninguém, se podem alcançar a pé. Com a descida da maré, é possível caminhar entre as duas ilhotas. Open sea é como lhe chamam os habitantes locais, mas nós só nos conseguimos lembrar do Livro do Êxodo, que relata a abertura do Mar Vermelho para a passagem de Moisés.
É nesta altura que apanhamos o sol mais aberto da Tailândia – convém não esquecer que estamos na época das chuvas. Os banhos neste mar que mais parece uma imensa piscina ameaçam tornar-se intermináveis e só a aparição de um macaco que posa para as fotografias na ilha Moo nos força a sair da água.
Até chegarmos a Railay são uns 20 minutos de barco. E quando aportamos temos mais uma prova de como a natureza foi generosa por estas paragens. Aqui a água assume outra tonalidade, de um verde-mais-verde-não-há, e os penhascos calcários são mais dramáticos do que noutro qualquer lugar que já vimos. Há alguns turistas pela praia, mas poucos, e muitos deles parecem mais interessados em interagir com os macacos que descem das árvores por todos os lados.
Parece-nos que temos o mar só para nós, embora não seja verdade. Mergulhamos na água tépida, deixamo-nos boiar e ficamos a olhar o céu. São 14h30 na Tailândia.
Agora são quase oito da manhã em Portugal – altura de acordar para a vida. Tailândia, end of story.
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Sandra Silva Costa viajou a convite da Autoridade de Turismo da Tailândia
É verdade Sandra, essa região de Krabi e todas essas ilhas no mar Andaman são difíceis de esquecer. Ainda para mais quando no regresso a Portugal se encontra o ambiente de crise permanente. Daqui a uns meses lá terei também de “acordar para a vida”
Bj (das Fiji),
Filipe
Obrigada pela descrição da viagem e por me ter transportado de volta às maravilhas da Tailândia