Eis um momento único na vida dos Alpes, luxo para levar ao sétimo céu qualquer apreciador de batalhas térmicas. O resort que nos serve de base em Valmorel oferece uma daquelas pequenas grandes delícias, prontas a derreter o coração dos jornalistas mais resistentes e desconfiados: um jacuzzi ao ar livre, que fumega todo o dia à frente da piscina coberta.
Não, não é para usar só no Verão. Muito pelo contrário. Aí até perderá metade da graça. Porque o que cria uma verdadeira diversão física e cerebral é sair de pele arrepiada e calções a congelar para este território cercado de neve por todos os lados e entrar na ilha-jacuzzi.
É certo que já não estamos em tempo de frio invernoso e o clima está a primaverar a cada dia que passa mas ainda assim, vejamos… estamos mesmo cercados de gelo e neve. Para mais, esta experiência decorre ao entardecer. Momento em que a sensação de Verão alpino se torna, digamos, algo mais friorenta.
Já na água quentinha, saltam bolhas e sopram jactos. Aqui em volta, bem podem estar pouco mais de zero graus. Uma temperatura que decerto criará logo no caro leitor aquele arrepio. Mas, garanto, eu, embora de calções e dentro de água ao ar livre, estou mesmo, mesmo quentinho. De alto a baixo, com a excepção da cabeça. E cabeça fria em corpo quente, a uns 1500m de altitude, só pode dar bons resultados, certo?
___
Luís J. Santos (texto) e Dário Cruz (fotos) viajam a convite do Club Med e da TAP