Vindos da seca e desértica Mauritânia, chegamos ao verdejante e luxuriante Senegal, onde o que nos parece abundância nos recebe com o sol já a cair. Fartura de cores, sons, sabores, cheiros – inclusive os muito maus, sobretudo devido ao lixo que se acumula um pouco por todo o lado, assim como às águas estagnadas que encaramos com mangas compridas e muito repelente.
Depois de dias sem ver vivalma, além dos companheiros de viagem, até de gente, que nos recebe de sorriso aberto, parece haver fartança. O que se traduz, claro, numa injecção de ânimo. Mas também no início do regresso a casa, adiado pelo mar cálido que nos convida a mergulhos.
O pó, as minas, o controlo de água (e de álcool), o dormir no chão (alguns até com escorpiões ou cabeças de peixe por companhia), a comida enlatada. Tudo isto ficou para trás. Os últimos três dias são passados em hotel, já com um pezinho na Europa. Primeiro em St. Louis, em bungalows junto ao mar. De seguida, junto ao lago Rosa, também com o oceano por companhia – e onde uma BT-50 se sagrou campeã, numa corrida na praia que serviu mais para brincar do que para competir. Agora, por fim, no hotel habitualmente usado na prova Paris-Dakar até à última edição.
Ao fim de 15 dias, três fronteiras, muitas aventuras e alguns percalços, chegámos ao destino.
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Carla B. Ribeiro acompanha o 2.º Portugal-Dakar Challenge, a convite da organização, de 30 de Dezembro a 13 de Janeiro. Informações gerais sobre o evento no primeiro post
Um grande OBRIGADO à Carla Ribeiro e os meu sinceros parabéns, por nos (a nós que não pudemos ir por este ou por aquele motivo) proporcionar estes relatos que, quanto a mim, nos colocaram junto a esses “viajantes” até ao lago Rosa fazendo-nos “viver” um pouco dessa aventura.
Mário
Parabéns a todos! E um ótimo regresso.