Para quem está a estrear-se num cruzeiro, visto do porto de Cape Canaveral, o Monarch of the Seas parece um gigante dos mares. Dizem-nos que não, que este é um barco pequeno, um pouco antigo até, e que o circuito que vamos fazer é ligeiramente atípico dentro do cardápio Royal Caribbean.
Vamos a caminho das Bahamas e connosco mais 2582 passageiros. São 16h30, subimos até ao “deck” 12 para ver a largada e ficamos atónitos com o cenário que encontramos junto à piscina, um lanço de escadas abaixo. A animação é total, a música está nas alturas e pela primeira vez damos conta que os clientes deste cruzeiro são variadíssimos. Aos casais apaixonados juntam-se as famílias com crianças pequenas, mas há um grupo que se destaca: os jovens barulhentos e em busca de animação “non stop” em alto mar e em terra. Claro que há alguns, mas quem nos disse que os cruzeiros são coisa de velhos enganou-nos.
Percebe-se que a fauna seja diversificada: a bordo há de tudo para todos os gostos. Quem quiser apenas ficar a torrar ao sol, tem centenas de espreguiçadeiras espalhadas pelos “decks” próximos da piscina e do jacuzzi; há bares que nunca mais acabam; ginásio e spa; casino e meia dúzia de lojas, algumas com descontos simpáticos; e, detalhe importante para muito boa gente, comida à discrição e a qualquer hora do dia.
Às 22h00, olhamos em redor da varanda do “deck” 7. É ligeiramente assustador: ao primeiro relance nem estrelas vemos. Breu. Somos nós e o mar – e, agora sim, meia dúzia de estrelas no céu. Esta vai ser a nossa primeira noite com vista para todo um oceano.
[Sandra Silva Costa e Nuno Ferreira Santos (fotos)]