Faz-se Miami-Orlando de noite, num autocarro grande de mais para a encomenda e em pouco mais de quatro horas. Somos 12, ainda cantamos as cantiguinhas das excursões portuguesas (de Da Vinci a Vítor Espadinha) mas dali a pouco já dormimos esticados ao comprido nos bancos.

O que se passa lá fora passa-nos ao lado. Falamos por nós, que acordamos precisamente quando estamos a tomar a saída 925 para a Universal. Vemos o Hard Rock Hotel e por momentos pensamos que é aqui que vamos dormir. Puro engano – e ainda bem, que já de manhã nos contaram que a música não pára e nós já vamos devendo algumas horas à cama.

Esta noite também dormimos depressa. Quando damos por nós, já estamos à espera do “water taxi” que nos há-de transportar para o mundo de fantasia que é o Parque da Universal. Passa pouco das dez, o calor já aperta (e muito) e as hordas de turistas chegam e chegam e chegam. Já se ouvem os “wowwwwwwwwwwww” da montanha-russa, mas parece que todos os caminhos vão dar a Hogsmeade. Que, para quem não sabe, é a cidadezinha dos Harry Potter, uma das mais recentes – e a mais famosa, não temos dúvidas – atracções da Universal. Podemos só ter lido um livro e visto um filme, mas também apanhamos boleia da multidão e só paramos no castelo de Hogwarts.

E é aqui, prezados “muggles”, que temos a primeira experiência “totally scaring”. Não, não vislumbrámos “o-quem-nós-sabemos” – mas jogámos “quidditch”, lutámos contra dragões,  voámos sobre o abismo. Sim, morremos de medo, mas não contamos mais nada para não estragar a surpresa.

“Muggles” de todo o mundo, ainda estão a tempo de apanhar o próximo comboio para Hogwarts. E que atire a primeira vassoura quem achar que isto dos parques é coisa para meninos.

[Sandra Silva Costa com Nuno Ferreira Santos (fotos) em Miami]