Há coisas que nunca pensamos fazer na vida e, de repente, here we are guys. Com um lémure ao colo (que pêlo tão sedoso!, by the way), com quatro ou cinco papagaios nos braços – eis Jungle Island, Miami. E no dia seguinte, pela manhã, com um aligátor bebé nas mãos. Nós e um punhado de crianças do colégio Treasure Village Montessori, nas Florida Keys. E isto, ladies and gentlemen, é a Alligator Farm, aos pés do Parque Natural Everglades.
Vida selvagem? Nem por isso. É uma vida selvagem domesticada, mas que faz as delícias de americanos (sobretudo) e de uma meia dúzia de europeus (da Escócia, por exemplo, esses vimo-los) que hoje estão em Homestead, a uma hora de viagem de Miami.
Com um aligátor nas mãos, dizíamos, e daqui a nada, já depois das acrobacias pantanosas a bordo de um airboat, estaremos com ele (não necessariamente o mesmo, queremos acreditar) já noutra parte do corpo. E o melhor é ficarmos por aqui. [Sandra Silva Costa e Nuno Ferreira Santos (fotos) em Miami]
Vivi e trabalhei em Miami Beach durante os melhores vinte anos da minha vida, sempre ligado ao sector do turismo. Viajei não só por toda a Flórida, que adoro, mas por vinte e oito dos cinquenta e um estados que compõem os USA, Porto Rico, Bahamas, Jamaica, México e Canadá..Voltei a Portugal quando me cansei de “respirar pelas guelras”, (expressão brejeira de um grande amigo, padre nos Açores, sempre que me visitava, em alusão ao clima quente e húmido de Miami), mas as saudades hão de perdurar enquanto eu viva, pois apesar de manter a nacionalidade americana que obtive através da naturalização, pesam os anos e falta dinheiro para lá ir tantas vezes quantas gostaria.