Qualquer semelhança com a soalheira Califórnia não é coincidência. No hotel W de Barcelona está-se na Catalunha, literalmente sobre o Mediterrâneo — facto que fez correr polémicas e rios de tinta —, mas as imagens da cosmopolita Berverly Hills que se propagam pelas séries de tv, sobretudo juvenis, teimam em vir à memória.
A toda a hora, os ritmos tomam conta do hotel. Em todo o lado, há corrupios de gente. Pelo gigantesco lobby (onde se vêem também muitos de olhos postos no tecto em vidro que revela o edifício a toda a sua altura), a ir para a praia que fica a uma dúzia de passos, à beira da piscina com vista para o mar e com um DJ a debitar sonoridades dançantes ou por toda a zona envolvente por onde passam bicicletas, patins, skates.
E quando a noite cai, o bar Eclipse, no 26.º andar (o que dá para imaginar a vista que se tem sobre a cidade) e de entrada reservada, volta transformar o W num ponto de encontro entre a casualidade e o glamour. E subitamente o formato em vela deste hotel ganha um novo sentido: uma estada por aqui é como viajar num luxuoso navio-cruzeiro, como os que se vêem, mesmo aqui em frente, a chegar e a partir a uma velocidade estonteante. A única diferença é que, no W, a qualquer altura se pode voltar a terra firme.