Em Berlim come-se vietnamita, turco, indiano, italiano, espanhol (há tantos restaurantes de tapas!)… Mas não alemão. Muitas pessoas dizem mal da “comida alemã” sem nunca terem experimentado nada para além de fast-food, e a cozinha alemã é muito mais do que chucrute ou currywurst.
O primeiro restaurante alemão desta viagem foi o Café Marx, encontrado por acaso na zona de Görlitzer Bahnhof, em Kreuzberg. Em lado nenhum diz que é “alemão”, mas os pratos no quadro de giz preto indicavam-no. O interior é agradável – meia luz, toalhas de xadrez – mas a música uma caixinha de surpresas (desde a banda sonora do Rocky Horror Picture Show até Amy Winehouse). A comida era, no entanto, boa: os knödel (bolas de pão) com molho de cogumelos não estavam nada maus, e o Café Marx, que aparentemente é conhecido mais pelos pequenos-almoços, ficou na lista dos sítios a voltar da próxima vez.
O alemão seguinte da lista era o Schneeweiss (Branca de Neve), que se anuncia como “cozinha dos Alpes” mas tem um twist moderno (havia, por exemplo, knödel de pretzel). O Schneeweiss é branco, cool mas nada frio. A comida também estava boa (um pouco cara para os padrões de Berlim). Jantares obrigam muitas vezes a reserva.
Quem goste do lado mais pesado da comida alemã (sim, estas pessoas existem) mas não queria comer carne tem uma óptima opção: o café V em Kreuzberg. Tudo sem carne, mas cheio de deliciosos molhos.
Café Marx: Spreewaldplatz, metro: Görlitzer Bahnhof
Schneeweiss: Simplonstrasse, nº 16 metro e S-Bahn: Warschauer Strasse
(reservas: 030.29049704)
Café V: Lausitzer Platz 12 metro: Görlitzer Bahnhof