Sempre quis conhecer o clube Maria mas ainda não tinha tido uma desculpa. O concerto dos Architecture in Helsinki, que têm um novo disco, foi a maneira de, finalmente, lá ir. E gostei mesmo do Maria (am Ostbahnhof ou am Ufer, a primeira indica a estação onde se sai para chegar ao clube, a segunda a localização na margem do rio). É num sítio um pouco isolado (não há mais bares perto) e estranho: sai-se da estação de S-Bahn, e mesmo no início da Schillingbrücke (Ponte Schilling), à esquerda, há uma espécie de atalho onde se vê o nome em néon vermelho. O Maria é, como muitos clubes de Berlim, num antigo edifício industrial. É escuro mas não “dark”, tem umas pequenas projecções de luz no bar, uma zona com sofás com um enorme candeeiro em que a luz luta para sair de uns tubos de aspirador gigantes, e uma zona ao ar livre junto ao rio. A programação é sobretudo dedicada ao tecno mas não só: vale a pena ir vendo o que se passa por lá.