Esta terça-feira os eleitores vão às urnas em cinco estados norte-americanos, mas desde que o ex-senador da Pensilvânia, Rick Santorum, deitou a toalha ao chão e as figuras do Partido Republicano se perfilaram, inequivocamente, ao lado da candidatura do antigo governador do Massachusetts, Mitt Romney, as votações tornaram-se irrelevantes. A nomeação para a Casa Branca está entregue.
Ainda assim, e como o ciclo de notícias é voraz e insaciável, os jornais americanos lembram-nos de como ainda vale a pena e é importante prestar atenção ao processo das primárias. Aqui fica a lista do Politico das cinco coisas que importa perceber esta noite. Um pouco menos ambiciosa, a NPR elenca apenas quatro aspectos que convém observar, aqui.
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A comunidade política americana assinalou o fim da primeira fase da campanha e o prenúncio da segunda através da realização/publicação/explicação obsessiva de sondagens relativas ao confronto de Mitt Romney e Barack Obama em Novembro. É uma espécie de tiro de partida — todos os intervenientes escolhem fazer tábua rasa dos números anteriores que mediam as intenções de voto, e passam a tomar os resultados destes inquéritos como referência. Acontece que os números não são fáceis de ler e apresentam conclusões díspares e até contraditórias. Aqui está um resumo de cinco factos confirmados em dez sondagens. E aqui uma análise — em cinco pontos, para não destoar — ao que estes novos inquéritos revelam sobre o duelo Romney x Obama nesta fase preliminar da campanha. Finalmente, para quem está confuso com tantos dados, um modesto ensaio de clarificação, aqui.
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Sobre candidatos e media, interessantes as conclusões de um estudo do Pew Research Center sobre a cobertura e tratamento das diferentes campanhas pelos meios americanos: apesar das queixas (eternas) dos conservadores sobre o chamado liberal bias, um chavão que descreve o (alegado) preconceito generalizado da imprensa liberal contra os candidatos republicanos, a análise revelou que a candidatura de Mitt Romney foi tratada com bastante mais benevolência e de forma francamente mais positiva do que a do Presidente Barack Obama.
Rita Siza