O ex-governador do Massachusetts, Mitt Romney, vai ser o próximo candidato presidencial dos republicanos. Por mais que se prolongue a corrida, possivelmente até à Convenção, esse desfecho não está minimamente em causa.
Depois do hat-trick de ontem, em que Romney arrecadou vitórias em Washington DC, Maryland e no fulcral Wisconsin, a imprensa americana repetiu os títulos das anteriores votações — Romney cimenta liderança; Romney mais favorito do que nunca; Romney imparável; a nomeação será de Romney…
É para Romney que estão voltados todos os holofotes e, no entanto, os seus adversários continuam a resistir a deixar-lhe o palco. A campanha do homem do Massachusetts é a de um solista, indiferente ao corpo de baile que persiste na rectaguarda.
O antigo senador da Pensilvânia, Rick Santorum, prometeu continuar a lutar. A campanha segue pelo menos até ao seu estado natal, que terá obrigatoriamente de ganhar. Mas mesmo assim, a matemática é impiedosa: é verdade que Romney ainda não pode reclamar a nomeação, e é verdade que teoricamente pode não conseguir fazê-lo só com os delegados atribuídos nas primárias, mas nem Santorum nem Gingrich nem Ron Paul têm qualquer condição de superar a enorme desvantagem que têm do actual líder, em votos, delegados, recursos, organização…
Rita Siza