Vitória de Romney no Illinois

O ex-governador do Massachusetts, Mitt Romney, festejou ontem à noite em Chicago mais uma importante e convincente vitória eleitoral, que consolida a sua liderança na corrida à nomeação republicana para a Casa Branca e só não põe fim à disputa porque os restantes concorrentes (teimosamente) recusam desistir da campanha.

Romney era o favorito e liderava confortavelmente as sondagens, pelo que ninguém esperava que o resultado fosse renhido ou pudesse haver alguma reviravolta de última hora. Esses são os fantasmas que a campanha de Romney quer definitivamente afastar — e nesse sentido, a prestação do Illinois pode ser interpretada como uma espécie de bálsamo, com as sondagens a revelar que o candidato conseguiu (finalmente) ultrapassar a fasquia dos 30%, conquistar mais de metade do eleitorado e sobrepôr-se no votação de grupos demográficos fundamentais (os que se identificam como apoiantes do tea Party ou os que não ganham mais do que 50 mil dólares por ano, por exemplo). Apesar disso, e mais uma vez, perdeu para Santorum o voto do bloco evangélico.

Apesar do favoritismo, a campanha de Romney mais uma vez não correu riscos: os números mostram que, como aconteceu desde o tiro de partida, o candidato esmagou os seus opositores em termos de anúncios (a diferença de investimento para Rick Santorum foi de 20 para 1). A vantagem financeira definitivamente projecta a candidatura de Romney para a vitória nas primárias, mas será difícil de replicar no contexto da eleição de Novembro. Primeiro, porque o prolongamento da batalha conservadora vai obrigar a campanha a continuar a gastar, e segundo porque Barack Obama também é um recordista na recolha de fundos.

Uma nota que deve estar a preocupar os republicanos depois da votação de ontem é o manifesto desinteresse do eleitorado pela campanha. A participação na eleição de ontem foi a mais baixa da história em Chicago, o que sugere problemas para os conservadores em Novembro. Claro que o Illinois votará maioritariamente por Obama, maso problema persiste: será que o ódio a Obama será suficiente para motivar milhões de eleitores republicanos que não estão assim tão entusiasmados com o seu candidato a votar?

Entretanto, duas leituras recomendadas. Aqui, uma história sobre o jovem a quem foi confiada a responsabilidade de expôr ao público as facetas mais calorosas e informais do candidato Mitt Romney. E aqui, uma explicação sobre a estratégia da campanha de Rick Santorum, que está a concorrer sem o recurso a sondagens próprias.

Rita Siza

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