Sasha Issenberg prossegue a sua série sobre o recurso às novas tecnologias — das redes sociais ao data mining e afins — pelas diversas candidaturas presidenciais, na revista Slate. O último artigo explica como a campanha de Mitt Romney se posicionou muito antes dos seus adversários para capturar o voto não presencial (isto é, os votos que são recolhidos antes da data da eleição, segundo várias diferentes metodologias) e explica como essa vantagem se revelou — e ainda revela — fundamental para a vantagem obtida pelo ex-governador do Massachusetts face aos seus rivais.
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Hoje vota-se no Alabama e Mississippi, onde segundo números divulgados ontem, 52% dos eleitores republicanos acreditam que o Presidente Barack Obama é muçulmano. Apesar de uma maioria avassaladora de evangélicos entre os eleitores desta noite, as sondagens revelam que nas “questões sociais” as suas posições, ainda que conservadoras, não são radicais.
O bloco evangélico tem o poder de definit, já esta noite, se a corrida republicana abança como um duelo entre o favorito Mitt Romney e o ultraconservador Rick Santorum, ou se o ex-senador da Pensilvânia terá de continuar a dividir com Gingrich os votos dos eleitores que continuam a não reconhecer no moderado do Massachusetts um dos seus. Os resultados são cruciais para averiguar o futuro da candidatura de Newt Gingrich: sem vitórias ou pelo menos empates competitivos, será inevitavelmente o fim da linha para o ex-Speaker do Congresso. Santorum tem mais margem de manobra, mas como se vê aqui e aqui, a sua campanha também já só luta contra o tempo: a táctica é atrasar o mais possível a confirmação de Romney e, eventualmente, manter a nomeação em aberto até à Convenção. Como observa John Avlon no Daily Beast, os republicanos que quiseram tornar as primárias um processo mais competitivo devem estar amargamente arrependidos pela mudança nas regras de distribuição de delegados.
Rita Siza