Um dia depois do último debate televisivo no New Hampshire, a campanha está animada por causa de duas tiradas desse confronto.
Uma do candidato favorito e líder das sondagens Mitt Romney, que instado a explicar porque decidiu afastar-se do governo do Massachusetts e não se recandidatar a um segundo mandato em 2006, procurou caracterizar-se como um independente e não um carreirista político. O seu argumento: uma recandidatura só serviria os seus interesses e ambições pessoais – “a campanha seria apenas sobre mim” – e não os da população do Massachusetts. A verdade, notavam hoje os analistas políticos, é que as sondagens sugeriam uma derrota pesada para Romney, que já na altura aspirava a ser candidato presidencial.
A outra frase pertence a Jon Hunstman, e muitos esforçaram-se hoje por ler nela o prenúncio de uma nova fase na corrida republicana. Atacado por Romney por ter aceite o convite do Presidente Barack Obama para servir como embaixador dos Estados Unidos na China, Huntsman quis esclarecer que, qualquer que seja a circunstância, terá sempre os interesses do seu país à frente dos seus.
“Ontem à noite fui criticado pelo governador Romney por ter posto o interesse do meu país à frente do meu. Sim, enquanto ele andava a recolher dinheiro, eu servi o meu país na China. Sim, sobre a liderança de um democrata. Exactamente como fazem os meus dois filhos na Marinha dos Estados Unidos. Eles não fazem perguntas sobre a filiação partidária do seu Presidente. E eu quero deixar esta mensagem muito clara à população do New Hampshire e deste país: para mim, o país está sempre à frente.”
A mensagem foi tão bem aceite que um dia antes da votação a campanha lançou um novo anúncio:
http://youtu.be/zet8ZGXmjj4
Rita Siza