Lugar ímpar de difusão cultural que se tornou um ponto de referência turístico da cidade. Um exemplo entre os bares ‘notáveis’ de Buenos Aires, uma lenda que conserva a decoração primitiva, que remonta a 1858.
Entre outros, já por cá passou Carlos Gardel, o ‘señor tango’. Não só cantava no Tortoni, como era cliente regular. Dizem que tinha lugar fixo, num recanto onde podia estar com amigos e ‘protegido’ dos seus inúmeros admiradores.
Atualmente, a cave é cenário de artistas de tango e jazz, neste caso com espetáculos todos os sábados, tradição com quase 40 anos. Aqui se apresentam livros e concursos de poesia.
Tem biblioteca e mesas de bilhar. Salas para jogar dominó e dados. E foi palco de inúmeros programas de radio em direto, com a presença de público.
No 825 da Avenida de Maio já funcionou também a maior associação literária de Buenos Aires.
O ambiente é seleto. Distinto. É um lugar para apreciar. Para nos perdermos no tempo e com tempo. Saborear com a sensibilidade de cada um dos sentidos. Não é difícil imaginar as tertúlias, serões intermináveis entre notáveis artistas argentinos…
Um lugar OBRIGATÓRIO numa visita a Buenos Aires e que ficou imortalizado no tango ‘Viejo Tortoni’:
“Se me hace que el palco llovizna recuerdos,
que allá en la avenida se asoman, tal vez,
bohemios de antaño y que están volviendo
quellos baluartes del viejo café.
Tortoni de ahora te habita aquel tiempo.
Historia que vive en tu muda pared.
Y un eco cercano de voces que fueron,
se acoda en las mesas, cordial habitué…”
Rui Barbosa Batista relata no blogue Correr Mundo a sua aventura pela Argentina e Uruguai. No site www.bornfreee.com pode aceder a outros relatos e imagens sobre a viagem.