Ao romper do dia, arte e fé unem-se numa experiência memorável. Na mesquita Nasir al-Mulk arco-íris nasce todos os dias. Em projeções progressivas, mutantes. Proporcionam momentos quase ‘sagrados’, até para os não crentes. Como eu.
Quando se fala de arquitetura histórica, quantas vezes pensamos em cores vivas, vibrantes? Em efeitos de cor que trespassam um lugar que, já de si, se destaca pelos arcos, tapetes, azulejos, painéis, inscrições…
À semelhança de outras mesquitas – e catedrais – os vitrais são coloridos e a luz projetada cria um jogo nas paredes e chão. Com destaque para as primeiras horas da manhã. Parece que todas as cores do planeta se unem numa dança ao ritmo do sol a elevar-se no céu.
Esta obra do final do século XIX possui muitos elementos da arquitetura islâmica tradicional como arcos e uma fonte central para as abluções, mas estes vitrais não são propriamente do mais comum. Nestas exceções, destaco a impressionante e imponente Mesquita Azul, em Istambul.
Nasir al-Mulk é também conhecida como ‘Mesquita Rosa’, sem dúvida uma injustiça para as outras tonalidades.
Estamos a despedir-nos de Shiraz. E este fascinante ‘segredo’ colorido torna a cidade numa das mais interessantes do país. Não pela sua beleza global, mas pela diversidade dos seus vários pontos estimulantes…
Rui Barbosa Batista relata no blogue Correr Mundo a sua aventura pelo Irão. No site www.bornfreee.com pode aceder a outros relatos e imagens sobre a viagem.