Saio de Katmandu de madrugada, antes da horda de arruaceiros pegar ao serviço. Vou até Pokhara, que me dizem ser muito bonito e pequeno. A greve tem outra expressão. Greve diz-se “banda” em nepalês. A partir das seis da tarde os piquetes perdem o seu fulgor matinal e há uns carros, uns riquexós, motas e bicicletas. E carrinhas pequenas a suprir faltas. Algumas lojas abrem, spa incluídos, pelo que tenho recebido umas massagens. São incomparavelmente melhores que as da Índia.
A primeira massagem que fiz foi num prédio que tinha um anúncio de “ayurvedic massage”. Havia foot massage, head massage, leg massage, etc. Nepali massage foi a minha escolhida. Ao contrário da Índia, não há aquela coisa de homens massajarem os homens e mulheres massajarem as mulheres. A senhora tinha força e fazia uma massagem vigorosa. Às tantas perguntou-me se queria hand massage. Abri os olhos porque não estava a perceber. Ela tinha acabado de me massajar as mãos. Lá me explicou com mímica. Era hand job e não hand massage o que ela me perguntava se queria. Em Katmandu, é preferível procurar coisa com spa no nome.