Sentadinho no café a tentar sentir o rabo e se ele está capaz ou não de se sentar novamente em cima de um selim antiergonómico.

A hérnia também não se deu muito bem com a bicicleta. Acordei várias vezes de noite com a moinha na coluna e a pensar: “Tás lindo, não tarda nada estás nos cruzeiros.”

Tomei o cafezinho da manhã no cafezinho onde a senhora me deixa usar o PC dela. Entre alugar a bicicleta e caminhar, escolhi caminhar, que os pés sempre estavam em melhor forma do que a alternativa. Perguntei onde havia trabalhos de madeira e a senhora mandou-me para a zona dos antiquários. Coisas lindíssimas mas para americano rico. Mas a zona em si é muito bonita. Claro que atravessei mais uns tantos hutong (tinham-me dito que tinham ido todos à vida, mas longe disso). Cada taxista que se aproximava levava uma rosnadela.

Quando me dá a fome, normalmente estou em zonas sem comes. Quando chego aos comes, lá ando desconfiado por todo o lado. Hoje corri as barracas todas à procura de peixe. Tinham uns peixinhos compridos e finos espetados num bambu, e outros abertos e espalmados tipo sardinha. Pedi uma dose dos espalmados. Pensei que estavam prontos, mas, afinal, saltaram para a chapa mais dez minutos, que o homem passou a passar óleo, ervas, picante, sal e pós variados sobre o peixe. Enquanto esperava, fui olhando para o lado e dei com uns peixinhos com patas. Não tinham cabeça nem patas dianteiras, as patas traseiras pareciam coisa de batráquio. A mesma chapa grelha tudo e eu fui pensando que podia ser pior. Não me posso ralar nem com estes detalhes nem com as escarradelas constantes. (Confesso que me incomodam particularmente quando são do cozinheiro, um bocado quando estou a comer e já não ligo ao concerto constante.) Lá comi o meu peixinho com a melhor das boas vontades, mas parecia peixe seco.

Amanhã apanho excursão para poupar os castigados do costume.

P.S. – sie sie (diz-se com acento no é e meio desfasado do si), ni hao (diz-se o hao como gata com cio)