Há comportamentos que se repetem nas diferentes partes do mundo: dizer adeus a um comboio que passa é um deles. Os mais militantes nesta prática são as crianças que nos fizeram lembrar as nossas infâncias vividas em Fafe e em Caldas da Rainha: nas horas em que passava um comboio grande, íamos em bando dizer adeus. Não sabemos se dizíamos adeus às pessoas ou ao comboio, mas isso não importa para o caso.
Entre Bandung e Jogyakarta, foram incontáveis os grupos de crianças que fizeram questão de dizer adeus e, se o comboio parava ou reduzia a marcha, era para nós que acenavam.
À nossa frente foi-se desenrolando a vida, as vidas de quem trabalha no campo, nas pequenas vendas, de quem espera, de quem passa, de quem nos vê e de quem não dá conta de nós.
As pessoas dentro e fora do comboio foram o melhor da nossa viagem.
O adeus é internacional. Também tive sempre vontade de o fazer.
O sorriso genuíno dessas pessoas, alimenta-nos a alma…