PÚBLICO

O blogue de 10 políticos em campanha

Comício Público

PAN

Manuela Gonzaga

Escritora; historiadora; membro da comissão política nacional do PAN - Pessoas, Animais, Natureza; candidata à Presidência da República 2016.

Desafios carregados de futuro

São 21.30 e há perspectivas de, nós PAN podermos vir a eleger um deputado. Foi uma campanha exultante, trabalhosíssima, cheia de alegrias, mas muito esquecida em certas redes mediáticas que não valorizaram o único partido que defende a protecção e o bem-estar animal de forma coerente e integrada. Um partido que, além do mais, advoga a ecologia e a sustentabilidade em todas as suas dimensões. Um partido que considera que os seres humanos merecem cumprir-se, na justa medida da sua dimensão pessoal, libertando-os da escravatura de um trabalho esmagador, e incerto, e mal pago, onde a rotina mata a criatividade e a as regras da exclusão impedem o sonho. Continuar a ler →

O voto quando nasce

Pois, o voto… ainda não é para todos. Penso nisso enquanto, sob o tempo incerto, me dirijo ao local onde vou votar. No Ginásio Clube, Arroios, na mais cosmopolita Junta de Freguesia de Portugal inteiro. Setenta e muitas nacionalidades. Uma mistura esplendorosa de gente de todos os continentes. Quem fica de fora? Com o desmantelamento da rede diplomática portuguesa no mundo, votar é um desafio e uma corrida de obstáculos quase todos intransponíveis… portanto, os meus filhos Bernardo e Paulo; o meu quase filho Tiago e o Pedro, quase irmão deles todos, família alargada, família do coração, dificilmente conseguem exercer um dos mais sagrados direitos da democracia. Continuar a ler →

Ooops! A gata comeu o pardal

E os leitores com isto? Para além do follow up de uma estorinha que foi mais partilhada que eu sei lá e até teve honras de cartoon (obrigada queridas Pessoas!), gostar mesmo de bichos é um denominador comum no PAN, onde muitos de nós têm cães ou gatos ou outros animais resgatados (não os compramos nunca) e a causa é defendida por todos os meios ao nosso alcance. Se formos à raiz deste amor incondicional, o que amamos acima de tudo é o dom sagrado da Vida que, nos animais, é patente na sua pura inocência. Daí a sua fragilidade. Daí a forma obscenamente cruel como são usados para nosso triste proveito. Continuar a ler →

É o aquecimento global, pá!

«Nós [PAN] somos o partido, somos o único movimento em Portugal que fala neste assunto e que diz que o grande poluidor do planeta, e o grande poluidor nacional, é a pecuária intensiva; que 51% dos gases de efeito de estufa se devem à produção de pecuária; que 80% da água gasta em Portugal se deve à forma como produzimos alimentos, à agricultura intensiva e pecuária intensiva; e que um terço dos nossos solos estão em risco de desertificação.» Continuar a ler →

«Esta barragem não deveria existir»

Como é bom de ver, a questão ultrapassa o apego nostálgico ao ‘Bilhete-postal’ paisagístico, que obviamente não é tido em consideração por quem da e na natureza apenas extrai números e cálculos economicistas. Neste caso, privilegiando unicamente a indústria do betão, já que os benefícios do «futuro» radioso deste exagero de barragens, criadas a eito e com uma agenda estranha, são altamente duvidosos. Continuar a ler →

PAN: trabalhar na raiz do problema

Sábado, 19 de Setembro de 2015. Descemos a rua da Voz do Operário e entrámos para a Feira da Ladra passando pelos muros altíssimos do palácio de São Vicente. Ali, de onde Maria Adelaide Coelho da Cunha fugiu em 1920, para viver a sua história de amor com um homem vinte e poucos anos mais novo do que ela, seu motorista, acabando presa num hospício e dada como louca. Não se vergou, e conseguiu, numa guerra absolutamente desigual, vencer a duríssima batalha. Continuar a ler →

«O que eu andei para aqui chegar»

O que está uma escritora a fazer na política? O que tem uma historiadora que meter o nariz no romance, histórico ou não? O que aconteceu à jornalista que durante 30 anos andou pelos jornais, uma paixão que começou a despontar em África, Moçambique, 18 anos acabados de fazer? Do que me conheço, se me dissessem há uns três, quatro anos, que me iria envolver, de corpo, alma e coração, em campanhas eleitorais, fazer parte dos órgãos de um partido político, e, até, candidatar-me à mais alta magistratura da nação, teria tido um ataque de riso. Continuar a ler →