O mais revelador da sondagem do “Público” é que a maioria dos eleitores do PAF são contra a política da austeridade. É como se os negros confiassem o seu voto à Klu Klux Klan ou a liga judaica desse o prémio de bondade a Hitler. Embora isso pareça pouco lógico, corresponde a um facto político que já era conhecido: a maioria dos portugueses sabe que a austeridade não serviu para nada, senão enriquecer os mais poderosos e destruir a vida da maioria da população; mas também não acredita nos partidos existentes sejam capazes de criar uma alternativa política. Esta campanha não parece ter ainda resolvido este problema, mas o aparecimento de novas forças são um sintoma claro desse descontentamento. Mais que perceber os sintomas, precisamos de AGIR para transformar as coisas. O parlamento que vai surgir é, de alguma forma, o último de uma época, os próximos tempos continuarão a ser de crise, uma crise que exige construir novas convergência de sectores políticos e sociais e novas respostas. A alternativa, a esta mudança, é o continuado empobrecimento e perda de soberania do povo português.
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