PÚBLICO

O blogue de 10 políticos em campanha

Comício Público

Desafios carregados de futuro

São 21.30 e há perspectivas de, nós PAN podermos vir a eleger um deputado. Foi uma campanha exultante, trabalhosíssima, cheia de alegrias, mas muito esquecida em certas redes mediáticas que não valorizaram o único partido que defende a protecção e o bem-estar animal de forma coerente e integrada. Um partido que, além do mais, advoga a ecologia e a sustentabilidade em todas as suas dimensões. Um partido que considera que os seres humanos merecem cumprir-se, na justa medida da sua dimensão pessoal, libertando-os da escravatura de um trabalho esmagador, e incerto, e mal pago, onde a rotina mata a criatividade e a as regras da exclusão impedem o sonho. Continuar a ler →

Vencidos mas não convencidos

À hora em que escrevo os resultados dependem de uma questão fundamental: a direita atinge a maioria absoluta? Escrevo no pressuposto que não, os partidos do governo perderam mais de meio milhão de votos. Mas a ausência de alternativas credíveis colocou-os, ainda assim, como coligação mais votada. A segunda questão foi a incapacidade de o PS conseguir expressar o descontentamento da população. António Costa estava entre a espada e a parede: não é contra a austeridade e não está no governo mais troikista que a troika a receber as migalhas do Draghi. Continuar a ler →

A festa da democracia

Depois uma campanha intensa e do dia de reflexão de ontem, dirigi-me hoje de manhã ao Pavilhão Celorico Moreira, em Algés, para exercer o meu direito de voto e constatei, com alegria, a grande afluência de pessoas na minha secção. No regresso a casa, confirmei pela leitura rápida de diversos sites de informação que, até ao momento em escrevo estas linhas, os valores da abstenção estavam a cair face às últimas eleições de 2011 (40,32%!). Espero que esta tendência se mantenha até ao encerramento das mesas de voto. Continuar a ler →

O voto quando nasce

Pois, o voto… ainda não é para todos. Penso nisso enquanto, sob o tempo incerto, me dirijo ao local onde vou votar. No Ginásio Clube, Arroios, na mais cosmopolita Junta de Freguesia de Portugal inteiro. Setenta e muitas nacionalidades. Uma mistura esplendorosa de gente de todos os continentes. Quem fica de fora? Com o desmantelamento da rede diplomática portuguesa no mundo, votar é um desafio e uma corrida de obstáculos quase todos intransponíveis… portanto, os meus filhos Bernardo e Paulo; o meu quase filho Tiago e o Pedro, quase irmão deles todos, família alargada, família do coração, dificilmente conseguem exercer um dos mais sagrados direitos da democracia. Continuar a ler →

Quando e porquê votei, hoje

As grandes revoluções liberais do século XVIII trouxeram importantes inovações na arte de governar: direitos fundamentais; separação de poderes; Estado de direito; parlamentarização dos regimes. Estas características foram em regra fixadas em Constituições. Subjacente a estas inovações, além do objetivo de erradicação da tirania (via separação de poderes) e da arbitrariedade do poder (via cartas dos direitos), há um princípio fundamental: a governação com base no consentimento. E as eleições “livres, justas e frequentes” são o mecanismo fundamental para a assegurar. Continuar a ler →

Perguntas na cabeça no momento do voto

Quando votei, na freguesia de Canaviais, no concelho de Évora, já muita gente tinha votado e já havia notícias de uma afluência às urnas superior à das últimas eleições legislativas.
Saber se cada um desses votos vai ser respeitado e se as expectativas de cada um que vota serão cumpridas é a pergunta que começará a ser respondida amanhã.
Para que vai servir cada um destes votos e cada um dos deputados eleitos?
E com que força se fará a luta que é preciso fazer para vencer os problemas do país? Continuar a ler →

Um homem, um voto

A democracia, como a política, não vive sem uma boa dose de aprendizagem e educação. Noto que na generalidade dos casos os locais de voto se organizam em escolas secundárias. Para muita gente, o acto de votar significa voltar às suas escolas, ou às dos seus filhos, ou a outra escola da suas áreas de residência. Eu votei de manhã na secundária Professor José Augusto Lucas, freguesia Alges/Linda-aVelha. Uma escola igual às que frequentei. Com o mesmo tipo de pavilhões e as mesmas salas de aula e os mesmos campos de futebol. Continuar a ler →

A abstenção não é de ninguém

Os eleitores que hoje dispensaram os políticos que temos dispensam com certeza que esses mesmos políticos se predisponham a ser seus intérpretes ou até representantes. Porque há sempre quem surja em tom moralista a explicar a razão da abstenção e há sempre quem nela veja a legitimação de uma qualquer posição política ou, pior ainda, a legitimação de outros espaços alegadamente mais democráticos do que as urnas, como a rua das manifestações ou os palácios dos golpes palacianos. Continuar a ler →

Uma praça de gente madura e uma estátua de ferro a arder

Depois do almoço de reflexão que tive na véspera, com o meu amigo que serve a pátria na bucólica Bruxelas, acordei, com um pesadelo, a pensar que o governo que se seguia tinha António Costa a primeiro-ministro e Paulo Portas a vice primeiro-ministro. Bem me tinha alertado o meu amigo sobre a indicadora declaração de Portas que garantia que a fusão dos grupos parlamentares do PSD e CDS era “precipitada”. E que Portas sabia mais a dormir que Passos Coelho acordado depois de 20 cafés… Com este sentimento amargo de “evolução na continuidade” dirigi-me para votar. Continuar a ler →

Apelo ao Voto nas Esquerdas, especialmente nas esquerdas que são capazes de somar!

Esta legislatura ficou marcada por uma fortíssima deslegitimação da democracia porque nos mentiram descaradamente: prometerem-nos não cortar salários, não cortar pensões, não subir o IVA da restauração, cortar apenas nas «gorduras do Estado» e não no lombo, etc., etc. e tudo foi feito precisamente ao contrário! Alguns pensam que tal seria inevitável, ou porque estava no programa da Troika, ou porque as contas públicas estavam muito pior no final de 2011 do que se pensava em Março-Maio de 2011… Em parte é verdade, as contas estavam muito piores: o regabofe na Madeira, gerida há mais de 40 anos pelo PSD…, tinha ultrapassado tudo o que era imaginável… e, além disso, passámos a legislatura a salvar bancos com o dinheiro dos contribuintes… mas sem assumir o Estado o controlo dos bancos intervencionados… pagamos mas os capitalistas é que mandam, sempre! Continuar a ler →