A Lisboa que afinal só existe na cabeça dele

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(Joaquim Leitão)

Em 1986 eu tinha 20 anos e vi o filme “Duma vez por Todas” na sala Bebé, no Porto, e achei que a minha vida não poderia mais ser a mesma. Decidi que Lisboa seria a cidade onde um dia eu queria viver porque ali se passavam coisas que não aconteciam no Porto.

Em 1991, vi – acho que na ante-estreia – “Ao Fim da Noite”. Já vivia em Lisboa mas logo percebi que as coisas que aconteciam em Lisboa me continuavam a passar ao lado mesmo se conhecesse a porteira do Frágil.

Em 1994, vi “Uma Cidade Qualquer” e descobri uma Lisboa ainda mais apaixonante porque nasceu da cabeça de dois homens (Joaquim Leitão e Miguel Esteves Cardoso). Nessa ano fui assistir às filmagens de “Uma Vida Normal” e a minha vida, essa sim, não voltaria a ser a mesma. Mas eu ainda não sabia.

Em 1996, passei três dias na rodagem de “Adão e Eva”. Durante o Verão ouvia Pedro Abrunhosa no carro – podes sair do Porto mas o Porto não sai de ti – e por isso uma banda sonora nasceu.

E para quem tem saudades da cena emblemática:

Em 2007, eu já sabia há muitos anos que aquela Lisboa só existia na cabeça dele e fiz uma homenagem ao homem que me mostrou Lisboa de outra maneira.

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