Na capa
Miguel Gomes e uma aurora do cinema português
O novo fulgor do cinema português
A produção está suspensa, aguarda-se nova lei. Mas ele move-se: destaque internacional sem precedentes e estratégias alternativas de difusão interna ao encontro de um público. Uma encruzilhada, entre a euforia e a depressão. Por Augusto M. Seabra
Gonçalo Tocha descobriu uma ilha
Há quem compre uma ilha. Há quem conquiste uma pela força das armas. Gonçalo Tocha descobriu uma estranha forma de tomar posse de uma ilha assombrosa e habitada no meio do Atlântico: durante quase dois anos, filmou-a. Durante outros tantos anos montou as imagens que continham tudo. “É Na Terra, Não é na Lua” está em exibição.
Rita Azevedo Gomes: Eu fico
“A Vingança de uma Mulher” ou a resistência que se recusa a morrer. Nos papéis de um estúdio de cinema, por baixo do artifício, está uma verdade. A encarnado.
Miguel Gomes: Isto chama-se aurora
Encontro com Miguel Gomes e alguns DVD. “Tabu” parte à procura da miragem de um “cinema extinto”. Fazia sentido que a conversa decorresse perante imagens de filmes de vários cantos da história do cinema. Um “mundo perdido” é o que “Tabu” persegue. Não é filme de ‘bricoleur’, é filme de explorador.
O equílibrio da Batida Perfeita
Não é exactamente Luanda e não é propriamente Lisboa. Batida é uma ponte, e o mundo vai aprender a atravessá-la.
Contradições invisibilidade e noite de Fernando Calhau
Convite à urgente redescoberta de um dos mais singulares mundos da arte contemporânea portuguesa, a antológica “O Mapa do Mar” abre sábado em Coimbra.
A violência foi toda para dentro das nossas cabeças
O segundo romance de Vasco Luís Curado, “Gare do Oriente”, tem personagens, mas não tem trama. Cinco indivíduos em trânsito, alheios ao mundo, num eterno ajuste de contas interior.