NA CAPA
Um mapa da cultura do desejo em Portugal: Trabalhadores do sexo
Máquinas de desejo
Por causa de Strauss-Kahn, passámos o Verão a falar de sexo. Em Portugal, nas últimas décadas, muita coisa mudou na relação da arte com a sexualidade e o erotismo. Do entretenimento “mainstream” de horário nobre à pornografia ultra-especializada, do teatro às artes visuais, eis um mapa da cultura do desejo em Portugal, e alguns dos seus protagonistas. Por Lucinda Canelas
Caminhos das Águas
Pierre Aderne fecha a trilogia das águas com “Água Doce” e Rodrigo Maranhão extrai “Mar” do nome em “Passageiro”. No Verão de cá, dois brasileiros estreiam discos com vozes portuguesas “embarcadas” no Brasil, as de Cuca Roseta e António Azambujo.
Grandes como nunca
Cinco anos depois, os Death From Above 1979 regressam e não sabemos se haverá vida depois da actual digressão. Mas quem é que está preocupado com miudezas dessas? Queremos é ensurdecer e ensandecer com os DFA 1979, sábado em Paredes de Coura.
Não cansei de ser jovem
Depois de um passo em falso, as Cansei de Ser Sexy prescindem do “flirt” com a palavra maturidade e preferem ficar-se pela adolescência. “La Liberación”, o terceiro disco, só quer o gozo, passa bem sem as responsabilidades.
Dubravka Ugresic não se rende
A croata Dubravka Ugresic escreveu um brilhante exercício sobre a poética do exílio, com a memória como metáfora da possibilidade de reconstrução da vida e do passado. “O Museu da Rendição Incondicional”, que acaba de sair em Portugal pela Cavalo de Ferro, é um dos mais importantes romances europeus das últimas décadas.