Paixão pelos livros

babel

Ciberescritas
Isabel.Coutinho@publico.pt

Uma só palavra, todas as línguas” é o lema de Babel, a editora de Paulo Teixeira Pinto, que agrupa nove chancelas. Na apresentação, sábado passado na Biblioteca Nacional, o neurologista e ensaísta João Lobo Antunes, presidente do Conselho editorial da editora, lembrou que, se pensássemos bem, “a paixão pelos livros é a mais durável e a mais confiável das paixões.” A Babel agrupa algumas dessas paixões. Quando se ouvem os nomes das chancelas que fazem parte de Babel, como a Arcádia, a Ática, a Ulisseia, a Verbo, a Guimarães, regressamos ao passado.

No “site” que agora lançaram pode ler-se a descrição do conceito e filosofia de Babel. Não é um grupo, “é uma realidade única e singular”. Tem a missão “de ser a principal editora de Portugal”; nela “faz-se aquilo em que se acredita fazendo bons livros que sejam livros bons.” Além do conselho editorial que é constituído, entre outros, por Eduardo Lourenço, Artur Anselmo, António Feijó, António Emiliano, Fernando Guedes, Graça Morais, Manuel Maria Carrilho, Miguel Esteves Cardoso, Ricardo Pais, Manuel Sobrinho Simões, a Babel tem coordenadores.

A historiadora de arte Dalila Rodrigues é a coordenadora científica das edições de Arte que serão publicadas na chancela Athena (do património artístico à criação contemporânea). O director editorial da Babel, Vasco Silva, é o editor das chancelas Ática e Guimarães.

Jorge Reis-Sá, editor que fundou a Quasi Edições, é editor das chancelas Arcádia, Pi, Ulisseia e Verbo.

Na secção dedicada às novidades ficámos a saber que na Ulisseia Poesia será publicado este mês “Macau” do brasileiro Paulo Henriques Britto (Prémio PT Literatura 2004). Na Verbo, sairá “Apologia do Desacordo Ortográfico” de António Emiliano e “Uma Visão Armilar do Mundo” de Paulo Borges.

“Sodoma Divinizada” de Raul Leal, com organização, introdução e cronologia de Aníbal Fernandes (a edição que foi publicada pela Hiena, agora revista), será editado na Guimarães. “Não se trata apenas da reprodução do manifesto, mas de toda a contextualização histórica da polémica que opôs o autor, Pessoa e Boto à liga de Acção de Estudantes de Lisboa”, explica o “site”. Nas obras infanto-juvenis destaca-se uma edição especial de “A Lua de Joana” de Maria Tereza Maia para comemorar o aniversário da primeira edição.

E o livro de bolso (em formato quadrado) na chancela K4, “A Queda de um Anjo”, de Camilo Castelo Branco.

Quem quiser conhecer melhor os autores de Babel já tem no “site” biografias: Pessoa, Jorge de Sena, Agustina Bessa-Luís, Padre António Vieira, Ferreira de Castro, Wilde, Nietzche, etc.

A Babel também tem livrarias em Lisboa: no Chiado (Rua da Misericórdia, 68), na Biblioteca Nacional e em São Sebastião (Av. António Augusto Aguiar, 148, R C) que abrirá ao público a 23 de Abril, Dia Mundial do Livro. A agenda das actividades irá estar disponível brevemente.

Babel
http://www.babel.pt/

(crónica publicada no suplemento Ípsilon do jornal PÚBLICO de 12 de Fevereiro de 2010)

Deixar um comentário