A Bubok.pt está aí

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Ciberescritas

Isabel.Coutinho@publico.pt

Sempre quis publicar o seu livro e nunca conseguiu? Agora é mais fácil. Porquê? Porque a Bubok já está em Portugal. E o que é a a Bubok?, perguntam vocês. “É um serviço de auto-publicação on-line e gratuito que oferece a todos os autores a possibilidade de serem os seus próprios editores”, explicam quando se chega ao “site” português.

Na Bubok qualquer pessoa pode publicar e divulgar gratuitamente as suas obras e pode optar por publicá-las em papel (através da tecnologia Print On Demand) ou em formato digital. Cada escritor decide o formato do seu livro, se quer vendê-lo e a que preço pretende fazê-lo.

Mais: recebe 80 por cento do lucro das vendas e tem controlo sobre todo o processo editorial.

A Bubok encarregar-se-á ainda da cobrança e do envio do livro aos leitores e de remeter mensalmente os rendimentos dos livros aos respectivos autores. É um faça-você-mesmo. A empresa já existia em Espanha, mas agora alargou a sua equipa e tem duas pessoas a trabalhar em Portugal. Dizem que o processo de publicação é tão simples que “em apenas cinco passos” os candidatos a escritores podem tornar “o sonho [publicar um livro] numa realidade com páginas.” Lançaram até uma obra, que se pode descarregar para o computador gratuitamente, que serve de guia para quem está a aventurar-se nisto pela primeira vez.

Intitula-se “Como Publicar com a Bubok” e explica desde como se deve fazer o registo de utilizador no “site” até ao processo de publicação (como preparar o seu livro para fazer “upload” na Bubok, como convertê-lo em PDF, como desenhar a capa, etc) e também como fazer a personalização da página de autor no “site”. Quem preferir pode optar por comprar o guia numa versão impressa numa encadernação de argolas.

Mas os passos de que falam são os seguintes: depois de se registar no “site”, o autor faz o “upload” da sua obra em PDF ou em formato de texto, gratuitamente. A seguir decide se quer que o seu livro seja público ou privado, aprova o custo de produção e, se for o caso, decide o preço de venda.

Quem navegar no “site” da Bubok.pt e decidir comprar esse livro em formato electrónico só tem que o descarregar para o seu computador. Se preferir adquirir a obra em papel, ela é impressa com a tecnologia POD (Print On Demand).

Actualmente a Bubok.pt trabalha apenas com gráficas instaladas em Espanha (cuja capacidade de impressão com a tecnologia POD excede os cinco mil livros por dia). No futuro, dizem, procurarão estabelecer parcerias com empresas portuguesas. Para já o custo médio da produção para um livro com 150 páginas é de 7,50 euros.

A Bubok.pt tem também um blogue onde vai colocando dicas para os subscritores do serviço e não só. Por exemplo, recentemente explicava-se o que é um livro electrónico e o que são os “e-book readers”.

É possível seguir a Bubok.Pt no Twitter e no Facebook.

Dois meses depois do seu lançamento, já tem mais de um milhar de seguidores nestas redes sociais. O comunicado de imprensa diz que, em Agosto, a Bubok.pt tem tido a média de uma publicação por dia. “Os autores registados na Bubok.Pt aumentam diariamente e foram capazes de fixar a média, possivelmente recordista entre as editoras portuguesas, de um novo livro publicado a cada dia.”

Bubok
http://bubok.pt

Blogue Bubok
http://www.bubok.pt/blog/

No Twitter
http://www.twitter.com/BubokPt

Em Espanha
http://www.bubok.es/foros

(crónica publicada no suplemento Ípsilon de 28 de Agosto de 2009)

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9 comentários a A Bubok.pt está aí

  1. realmente a bubok está aí parece mesmo uma grande página de publicidade da bubok!!!
    a loja de fotocópias da esquina é seguramente mais segura,e mais acessivel!
    realmente eu tentei publicar um romance ..mas os entraves burocráticos foram tantos,tantos..que desisti!!!
    nunca mais!

  2. Cara Isabel Coutinho,

    Gostava de lhe apresentar mais uma POD nacional, certamente merecedora da sua divulgação: a loja de fotocópias da esquina da rua da minha avó!

    A loja de fotocópias da esquina da rua da minha avó permite-me uma total liberdade na minha auto-publicação. É cómoda, pois basta entregar-lhes um ficheiro pdf, por correio electrónico ou fisicamente com uma pen. E, em 2 passos apenas (e enquanto tomo um agradável lanchinho na casa da minha avó!), imprimem as cópias que eu quiser do meu manuscrito.
    E melhor: para isso, cobram-me apenas os “custos de produção”, ie, o que o Senhor Joaquim afectivamente chama ao que cobra normalmente por cada fotocópia que vende na sua loja, margem de lucro e impostos incluidos, claro está.

    Como sou um cliente assíduo, por vezes o Senhor Joaquim até pendura a página de rosto de um dos meus romances na montra, como se de uma livraria se tratasse; o que bate aos pontos essas obscuras livrarias online que por ai crescem como cogumelos, e que o Senhor Joaquim se queixa que lhe subtraem o negócio.

    Melhor ainda, depois de pagar os custos de produção do meu bolso, tenho 100% de lucro sobre a venda de cada exemplar. E se o livro for comprado por alguém de outra terra, fruto do meu trabalho de auto-divulgação, pelo blogspot gratuito que possuo e por muito chaganço em tudo o que é fórum cibernético, cobro também os gastos de envio.

    Como vê, sou um escritor realizado. E tudo isso graças ao apoio abnegado da loja de fotocópias da esquina da rua da minha avó. Para além do facto crucial que, salvo os “custos de produção”, todo o serviço que prestam é absolutamente GRATUITO.

    Pelo acima exposto, não duvido que concordará que a loja de fotocópias da esquina da rua da minha avó merece a sua atenção jornalística.

    Com os melhores cumprimentos,
    (e com o desejo que a Isabel perdoe a brincadeira)
    Rogério Ribeiro

  3. Pingback: Bubok publica, em média, três livros por dia : Húmus

  4. Caro Pedro,
    Há alguns anos já fiz umas ciberescritas inteiramente dedicadas ao Lulu. E fiz depois outras dedicadas à Sinapses. Se tiver interesse posso fazer uma busca e enviar-lhe. No suplemento Ípsilon, aqui no jornal, também saiu o ano passado um trabalho do Hélder Beja sobre esse assunto. De qualquer maneira obrigada pelo seu comentário.
    Isabel

  5. A Oeste nada de novo, portanto.

    O que a Bubok faz já outras faziam, também para Portugal. Saliento, por exemplo, o site Lulu.

    Não é inovador, e no entanto tem recebido uma cobertura – aqui e noutrs lugares – que mais parece publicidade. Bastava fazer-se uma cobertura dos outros sites que já prestam o mesmo serviço e a coisa ficaria, jornalísticamente, mais equilibrada. Na minha opinião, claro.

  6. Apenas quero dizer que acho lamentável, a ignorância informática que está por detrás dos textos da DGLB que nem sequer sabe que um PDF é um formato de transporte digital de dados, especialmente formatados em páginas e que NUNCA pode ser lido por um eBook Reader, tal como acontece com o Livro Electrónico, o eBook, cujo Acrobat Reader e outros leitores de PDF nem entendem.

    Um PDF é uma coisa velha, do passado, uma espécie de documento do Word que leva o leitor agarrado, mas que não pode ser alterado nem reformatado. Gostava que lessem um PDF num écran de telemóvel com 2 polegadas… contudo um eBook, pode ser lido no espaço que eu entender, o que significa poder ser lido em Telemóveis, Readers proprietários com o Kindle e muitos outros. Um PDA de bolso, é mais que suficiente para ler qualquer obra em formato eBook, mas se tentarem ler um PDF…

    Não falem do que não sabem, ou pelo menos, contratem um Engenheiro Informático com formação específica em Artes Gráficas para vos explicar que um PDF é apenas um documento comprimido e inalterável pelo leitor!

    Direcção-Geral do Livro e das Bibliotecas? E não sabe a diferença entre um e-book e um PDF… Não me admira que há uns anos atrás o BCP enviasse os folhetos de publicidade para impressão em formato XLS, que é como quem diz, Excel!

    Enquanto isso, escritores, paginadores e muitos outros profissionais estão desempregados. É que um incompetente e ignorante é muito mais barato no final do mês!

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