Não há como não serem o centro das atenções. Máscaras a cobrirem o rosto, lenços que transformam o nariz e a boca num esgar de caveira, protecções contra o gás lacrimogénio penduradas ao pescoço. Eles são os anarquistas do Black Bloc, os que seguem sempre no pelotão da frente nas manifestações contra o Governo brasileiro, os políticos e o despesismo da Copa, e por mais investimento em saúde, casa e educação – como a que aconteceu sábado em São Paulo.
O alvo deles é a polícia, mas quando a violência rebenta –e mais cedo ou mais tarde, ela acaba por rebentar – não olham para os jornalistas que estão no meio (a polícia também não). Aliás, não gostam da imprensa tradicional e têm a sua própria, a Mídia Ninja. Um deles, enorme, parece o Exterminador Implacável, de fato com protecções de borracha e capacete negro com a palavra “imprensa” escrita a letras brancas.
Estão ali para enfrentar a polícia – e é isso que acaba sempre por acontecer. Como uma coreografia bem ensaiada, a manifestação caminha desde o início para o momento culminante: o confronto violento. Aí, sai de cena quem não é de cena. O palco é todo para a tropa de choque e os Black Blocs.
Eli Simioni
JHahaha obrigado pela foto minha (O Fotografo da Imprensa ;p )
Sou do GAPP – Grupo de Apoio ao Protesto Popular, Socorrista e Fotografo
Freelancer e Publicitário.