As empresas têm um papel fundamental no combate à corrupção. Ao pactuar com este crime, o setor empresarial alimenta uma economia distorcida, onde não há verdadeira concorrência e onde consumidores, colaboradores e acionistas saem a perder – porque os serviços ficam mais caros e menos eficientes, porque as empresas perdem valor e porque se agravam desigualdades sociais.
Recentemente, o autor Nick Kochan esteve em Portugal para uma conferência sobre corrupção no setor privado e alertou que a transparência e a boa governança empresarial têm de começar no topo e impor-se como cultura de cada organização. Não há negócios sustentáveis sem clareza e transparência na sua relação com o mercado, com os reguladores e, em última análise, com os consumidores.
Entretanto, um estudo agora publicado pela Humboldt-Viadrina School of Governance, em Berlim, mostra que uma conjugação de punições severas para os prevaricadores e recompensas às empresas mais transparentes (nomeadamente preferência no acesso a contratos públicos) são os instrumentos mais eficazes para prevenir a corrupção e promover a boa governança corporativa.
Em Portugal, a EDP, a Sonae e a PT foram distinguidas pelo Instituto Etisphere como algumas das 143 empresas mais éticas no mundo. Mas qual é o panorama português? Os casos de organizações éticas e transparentes são a exceção ou a regra? A TIAC está a ultimar um estudo do Sistema Nacional de Integridade, que inclui o papel das empresas na prevenção e combate à corrupção. Será interessante seguir as conclusões relativas ao setor privado.
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