O que resulta e o que não resulta no combate à corrupção. É esta a síntese do estudo publicado recentemente pela Anti-Corruption Research Network (ACRN). Fazendo uma análise comparativa de várias experiências em países em desenvolvimento, os autores traçam um retrato das políticas que se mostram geralmente mais eficazes.
Desde logo, aponta o estudo, importa que as medidas de combate e de prevenção sejam tomadas por organismos empenhados em reduzir o fenómeno, e acompanhados de incentivos financeiros e não financeiros que desencorajem as práticas ilegais.
Em Portugal os partidos políticos apresentam com regularidade iniciativas legislativas de combate à corrupção. O que não fazem, infelizmente, é avaliar as medidas já implementadas, discutir o que resulta e o que não resulta e olhar para o tema de forma global e integrada, criando não apenas leis mas assegurando meios, incentivos e medidas preventivas. A Anti-Corruption Research Network dá aqui um bom contributo para a discussão.